A dívida mobiliária federal (em títulos públicos) fechou o mês de outubro em R$ 937,3 bilhões, o que representa um crescimento de 0,4%, ou R$ 4,12 bilhões, em relação a setembro, quando o estoque estava em R$ 933,2 bilhões. Segundo o Ministério da Fazenda, os juros foram mais uma vez os responsáveis pelo aumento da dívida, que poderia ser sido ainda maior se o governo não tivesse feito um resgate líquido de R$ 6,9 bilhões no período.
A dívida do governo em títulos já cresceu R$ 127,08 bilhões este ano. Em dezembro de 2004, o estoque era de R$ 810,16 bilhões e em outubro estava em R$ 937,34 bilhões.
Para captar recursos e financiar seus gastos, o governo emite títulos, com prazos diferenciados e diferentes remunerações, como câmbio e Selic. A parcela da dívida indexada ao câmbio ficou em R$ 35,46 bilhões, ou 3,78% do total. Em setembro, esse percentual era de 3,82%. Segundo dos dados da Fazenda, houve um resgate de papéis vinculados ao câmbio, que reduziu esse endividamento em R$ 150 milhões.
Já a participação dos títulos prefixados na dívida caiu de 25,8% em setembro em 24,5% em outubro. Isso porque houve um resgate líquido de R$ 13,9 bilhões. Esses papéis são considerados os mais adequados para o gerenciamento da dívida e, segundo o Tesouro Nacional, a queda foi reflexo da concentração de vencimentos desses tipos de papéis, que ocorre em todos os primeiros meses de trimestre. Ainda segundo o Tesouro, a tendência é de crescimento desse tipo de títulos, embora não- contínua.
A parcela de papéis indexados à taxa Selic, por sua vez, aumentou de 54,9% em setembro para 56,4% no mês passado. Neste caso, houve uma emissão líquida de R$ 10,3 bilhões. Já o prazo médio das emissões aumentou de 27,5 meses em setembro para 29,9 meses em outubro. O prazo médio do estoque passou para 27,5 meses, frente a 27,2 meses em setembro.