A taxa média de juros cobrados pelos bancos subiu ligeiramente de 48,8% ao ano em julho para 49,1% no mês passado. Segundo o relatório do Banco Central, divulgado nesta sexta-feira, o aumento ocorreu no spread, que é a diferença entre o custo final para o cliente e a taxa de captação de recursos. O spread médio passou de 29,8% para 30,2% ao ano. Os juros para pessoas físicas baixaram de 64,5% para 64,4% ao ano. Para empresas, a taxa final aumentou de 33% para 33,2% ao ano.
Os juros do cheque especial passaram de 148% para 148,5% ao ano em agosto. No crédito pessoal (CDC), a taxa média aumentou de 76,6% para 77,1% ao ano. O movimento de alta foi compensado pela queda nos juros da compra de veículos que diminuiu de 36,1% para 35,7% ao ano no mês passado. O custo dos empréstimos consignados (com desconto na folha de pagamento) caiu de 36,8% para 36,6% ao ano. Este último tem juros menores por oferecer menor risco para as instituições financeiras.
A inadimplência (atrasos acima de 15 dias) teve uma elevação pequena de 7,5% para 7,6% em agosto. Significa que a cada R$ 100,00 emprestados uma parcela de R$ 7,60 está atrasada. Nas pessoas físicas, as operações inadimplentes somaram 12,4% do total em agosto, contra 12,3% em julho. A inadimplência das empresas subiu de 3,5% para 3,6%.
O volume de créditos com recursos livres (descontado o dinheiro para casa própria, rural, microcrédito, BNDES) aumentou de R$ 312,4 bilhões em julho para R$ 317,4 bilhões. O crescimento é de 22,8% nos últimos 12 meses. O total das pessoas físicas cresceu R$ 140,3 bilhões para R$ 145 bilhões em agosto. O crédito com desconto em folha passou de R$ 19,712 bilhões para R$ 20,675 bilhões no mês passado. Nas empresas, o crescimento foi pequeno: de R$ 172,1 bilhões para R$ 172,4 bilhões.