O governo do Paraná deve divulgar terça-feira o resultado dos exames realizados em 19 animais de fazendas do noroeste do estado do Paraná que podem ter sido contaminados pelo vírus da febre aftosa. A informação é do diretor da Secretaria da Agricultura do Paraná, Newton Pohl Ribas, que no fim de semana acompanhou o secretário Orlando Pessutt em visitas a propriedades no interior do estado para explicar as medidas tomadas pelo governo.
Além de interditar quatro fazendas em municípios da região da Maringá, o governo paranaense encaminhou material coletado em reses dessas propriedades para Belém (PA), onde funciona um laboratório habilitado pelas autoridades sanitárias a comprovar a ocorrência da doença.
Segundo Ribas, novas amostras de material foram enviadas durante toda a semana passada ao laboratório, já que os resultados preliminares foram imprecisos.
- Estamos tranqüilos, porque é um processo que precisa ser realizado dentro da legislação vigente, porque precisamos entregar um resultado correto em resposta aos organismos internacionais - disse o diretor.
Diante da demora na divulgação dos laudos oficiais, os pecuaristas paranaenses decidiram buscar a avaliação de especialistas e, no fim de semana, divulgaram laudos independentes, feitos por cinco veterinários, atestando que nenhum dos animais trazidos de Mato Grosso do Sul para o estado apresenta sintomas de febre aftosa. O resultado, porém, é contestado pelas autoridades.
- De que maneira os animais foram examinados se as fazendas estão interditadas? Além disso, no país só existem dois laboratórios autorizados a realizar os testes para verificação de febre aftosa, que estão localizados no Pará, onde estão sendo feitos os exames oficiais, e Pernambuco - argumentou Ribas, da secretaria estadual de Agricultura.
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