Uma iniciativa da Fundação Dom Cabral irá reunir, a partir deste ano, CEOs de empresas nacionais e multinacionais para desenvolver estudos e reflexões sobre o novo papel do CEO: o de gerar resultados para as empresas que comandam e deixar um legado para as organizações e para a sociedade. Batizada de The CEOs Legacy, a iniciativa nasceu após um levantamento da FDC que ouviu, entre 2013 e 2013, mais de 80 CEOs, líderes empresariais, conselheiros, headhunters e analistas de coaching que elencaram os principais desafios para os CEOs hoje e no futuro.
"Essa iniciativa inédita reúne CEOs de diferentes corporações, pautados por uma agenda comum e em busca de novos olhares sobre questões cruciais para os negócios e para a sociedade", destaca Heitor Coutinho, professor de estratégia da FDC e responsável pela iniciativa.
O programa propõe abrir para os CEOs uma nova agenda que envolve não apenas o seu desenvolvimento profissional e pessoal, mas também a ampliação do seu papel como liderança responsável e transformadora da sociedade. Além disso, a iniciativa tem dois outros propósitos: desenvolver novas lideranças para o país e gerar resultados superiores para as empresas que vão além do raciocínio financeiro e orçamentário. Esses aspectos são predominantes nas empresas hoje e, por vezes, acabam impedindo um olhar mais inovador e de longo prazo, ressalta Coutinho.
Segundo ele, os líderes sentem que há uma carência de lideranças no país e gostariam de deixar sucessores, mas a rotina frenética de trabalho é um empecilho a ser vencido. "Vamos começar com um grupo de 15 CEOs, dos mais diferentes setores, homens e mulheres. A princípio, a ideia é nos reunirmos a cada três meses", explica Coutinho. Entre as lideranças que serão convidadas a participar há cinco nomes que atuam no Paraná a lista ainda não foi divulgada.
Na metodologia do Legacy, os CEOs e representantes das suas empresas vão definir os temas que serão estudados e desenvolvidos pelo grupo ao longo do ano, com o apoio de professores e pesquisadores da Fundação Dom Cabral e de professores do IMD, escola de negócios suíça, além de especialistas, intelectuais e formadores de opinião do Brasil e do exterior. "Trabalhos como esse, que valorizam a experiência e o relacionamento, são feitos com CEOs de todo o mundo", ressalta Coutinho.