Uma das exigências para a conclusão dos cursos de pós-graduação é a comprovação de proficiência em línguas estrangeiras. No caso do mestrado, o aluno deve obrigatoriamente fazer teste para uma língua estrangeira. Para o doutorado, serão exames em dois idiomas diferentes - um deles necessariamente o Inglês.
Os exames de proficiência, normalmente, exigem dos candidatos habilidades como leitura, escrita, gramática e expressão oral. É necessário, portanto, ter estudado o idioma e treinar para o exame. As instituições de ensino superior, porém, têm diferentes formas de selecionar seus candidatos.
PUC-PR Na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), segundo o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação Flávio Bortolozzi, a grande maioria dos alunos opta pelo Inglês como língua estrangeira para o mestrado. "Se olharmos as áreas de pesquisa, praticamente 90% estão em língua inglesa e 98% dos trabalhos científicos na internet estão nesse idioma", lembra.
A prova de proficiência da instituição é realizada em três partes: oral, gramática e interpretação de texto. "O aluno deve ter o domínio da interpretação de texto, o domínio da gramática e falar", explica Bortolozzi. "Alguns cursos exigem o conhecimento da língua inglesa já no processo de seleção dos candidatos. Mas para a grande maioria dos programas, o exame é realizado durante os dois anos de mestrado ou os quatro de doutorado", complementa.
Se o mestrando ou doutorando não passar no exame, ele poderá tentar outras vezes. A direção do Curso de Letras define a data e horário para o próximo exame. "Os alunos quando pensam em fazer uma pós-graduação já devem ter a consciência da importância do exame de proficiência. O aluno deve, pelo menos, saber ler e escrever o básico em inglês. É uma condição mínima para a entrada no mestrado", afirma.
UFPR Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), a prova que sela um curso de pós-graduação é o Exame de Suficiência de Língua Estrangeira, realizada pelo Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (Delem). "É um exame mais de interpretação de texto. Em alguns cursos da Federal, o exame faz parte do processo de seleção, explica o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Nivaldo Eduardo Rizzi.
O Delem realiza os exames três vezes ao ano: em fevereiro, junho e novembro. "O aluno fará a prova quantas vezes a coordenação do curso julgar necessário mas a grande maioria entende a necessidade do exame de suficiência. As provas variam de acordo com as grandes áreas de conhecimento: Ciências Exatas, Ciências Biológicas e Ciências Humanas", diz ele.
Segundo a chefe do Delem, Sandra Lopes Monteiro, a partir deste mês os testes de suficiência terão um novo formato. "Buscamos simplificar o exame de suficiência. A principal mudança consiste em o aluno poder escolher o texto da área de conhecimento que é lhe pertinente. Por exemplo, se ele é do curso de História, fará o exame, preferencialmente, na área de conhecimento de Ciências Humanas. Antes ele devia fazer o exame nas três áreas de conhecimento", explica.
Para o exame haverá três textos, um para cada grande área do conhecimento, dando preferências aos textos de divulgação científica ou retirados de revistas científicas. Sobre o formato da prova Sandra explica que 60% de questões são objetivas e no mesmo formato do vestibular da UFPR, ou seja, testes de múltipla escolha com cinco alternativas e uma única resposta correta. Haverá três questões desse tipo. E 40% de questões discursivas, isto é, duas questões.
Para a chefe do Delem, o exame da UFPR se diferencia das demais instituições porque "visa a compreensão do texto, as questões incidem sempre sobre a argumentação do texto e porque não há tradução".
Unicemp No Centro Universitário Positivo (Unicemp), o teste de proficiência em língua inglesa ocorre já no processo de seleção para a entrada no programa de mestrado. O aluno deverá fazer, segundo o pró-reitor de pós-graduação Luiz Hamilton Berton, provas de raciocínio lógico, de raciocínio quantitativo, de interpretação de texto e da língua inglesa.
"O aluno precisa ter o mínimo de discernimento para poder ler um texto em inglês e entender o que esse texto quer dizer. O aluno que quer entrar num programa de mestrado deve se preparar com antecedência, ou seja, deve ler artigos e entrar em sites para que se acostume com a língua inglesa para poder interpretar os textos com maior facilidade", diz Berton, lembrando que a grande produção científica é feita em inglês.