O LinkedIn lançou uma rede social voltada para freelancers: o Profinder. A nova mídia, que funciona em formato de marketplace, possibilitando a oferta e a contratação de diversos serviços, foi aberta em outubro do ano passado em versão experimental e, no lançamento oficial, em agosto de 2016, já contava com 50 mil cadastrados.
Integrada ao LinkedIn, a ferramenta permite que o usuário exponha projetos e classifique seu trabalho em qualquer uma das 140 categorias disponibilizadas.Embora a novidade esteja disponível apenas para os Estados Unidos, a empresa informou que está ampliando seu time para, em breve, oferecer o serviço a milhões de pessoas em todo o mundo.
A rede nasce como resposta ao crescente avanço do trabalho temporário em âmbito global. Dados recentes do LinkedIn mostram um aumento de 40% no número de trabalhadores freelancers nos últimos cinco anos.
Uma pesquisa da Freelancers Union, sindicato de trabalhadores independentes nos Estados Unidos,revelou que aproximadamente um terço da força de trabalho americana atua informalmente. Uma pesquisa da página Freelancer.com, que, assim como o Profinder, auxilia profissionais temporários, aponta que o Brasil está entre os países que mais contratam esta modalidade de serviço. Em 2013, o site movimentou mais de R$ 2,2 milhões neste mercado.
Segundo Tomas O’Farrell, co-fundador da Workana, primeira rede de freelancers da América Latina, as vantagens para quem contrata os profissionais autônomos são várias: a possibilidade de contratação sob demandas de projetos, agilidade e a redução de custos fixos no negócio são atrativos de destaque. Para os trabalhadores, a flexibilidade de atuação e a possibilidade de complementar a renda são pontos que estimulam a procura por esse tipo de emprego.
O especialista reforça que o bom networking aliado a uma boa reputação pode abrir as portas para o sucesso de quem quer se dar bem nesse contexto. E nisso a internet pode ajudar bastante. “Ferramentas virtuais possibilitam um canal mais fácil de captar clientes e começar uma carreira de sucesso na modalidade”, destaca.
Outras redes
Um levantamento de 2015 realizado pela plataforma Trampos.co mostrou que 52% dos freelancers brasileiros divulgam seu trabalho em sites de currículos e portfólios.
Mas além de utilizar os sites e plataformas de apoio que estão chegando, o “freela” também pode estabelecer bons contatos e conseguir vagas via mídias digitais menos segmentadas. A mesma pesquisa, por exemplo, estimou que 48% dos profissionais temporários se promovem por meio de mídias sociais.
Para a professora do MBA de marketing da FGV, Simone Simon, recorrer a grupos no Facebook ligados à área em que o freelancer presta serviço é uma boa maneira de estreitar laços com potenciais clientes. Criar perfis interessantes no Instagram ou no próprio LinkedIn também vale. Por meio de muitos destes sites, é possível, inclusive, fazer anúncios bem específicos por público e região .
Simone orienta que manter os dados do LinkedIn atualizados e fazer boas conexões são passos importantes para um freelancer bem-sucedido. Além disso, segundo a especialista, é fundamental prospectar o próprio trabalho e vincular a própria imagem a conteúdos interessantes por meio do compartilhamentos de sites e artigos relevantes. “Não adianta ser um ótimo profissional ‘fantasma’, que não aparece”, brinca.
