Os municípios de Londrina, Norte do estado, e Foz do Iguaçu, no Oeste, são exemplos de cidades brasileiras que estão fora dos grandes centros urbanos e estão tendo maior participação no PIB (Produto Interno Bruto) do que as capitais do Brasil, entre 1999 e 2003.

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A conclusão é de uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta sexta-feira (18).

No estudo, as duas cidades do Paraná estão entre os municípios de fora da região metropolitana cujo PIB aparece com destaque no Sul do país. A pesquisa destaca ainda a cidade gaúcha de Caxias do Sul, Joinville (SC) e Rio Grande (RS).

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Londrina

A relevância em Londrina, segundo a pesquisa, fica por conta dos serviços, mais especificamente do comércio. Na atividade industrial, a região possui como base a construção civil e a indústria de transformação.

Londrina é a quarta cidade do Paraná com maior participação no PIB brasileiro. Está atrás de Curitiba, Araucária e São José dos Pinhais, no estado. Ocupa a posição de número 58 no ranking nacional, com participação de 0,26% no PUB brasileiro.

Foz do Iguaçu

Já Foz do Iguaçu, ainda segundo o estudo, é um dos principais municípios industriais paranaenses, com produção concentrada na geração de energia. Também se destaca nos serviços, em virtude da atividade turística.

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Foz vem atrás de Londrina no estado e está em 63o no ranking nacional, com participação equivalente a 0,25% do PIB brasileiro.

Riqueza produzida

O estudo apontou que em 2003, os municípios fora dos grandes centros se tornaram responsáveis por quase metade (49,7%) de toda a riqueza produzida no Brasil (R$ 1,5 trilhão) naquele ano. Entre 1999 e 2003, as capitais também passaram a deter uma menor fração da produção na indústria e nos serviços. Em 2003, com 10 cidades chegava-se a 25% e com 70 municípios atingia-se metade do PIB nacional.

Curitiba sofre perda na participação do PIB

A pesquisa do IBGE conclui que as economias das cidades que estão fora dos grandes centros urbanos estão ganhando força no cenário nacional. Por outro lado, as capitais que sofreram as maiores perdas na participação foram Curitiba, São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Porto Alegre (RS).

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A capital paranaense desde 1999 vem diminuindo sua participação na composição do PIB. Em 99, a participação era de 1,3%. Em 2000, caiu para 1,2, em 2001 a taxa perdeu mais 0,1% e chegou em 2003 com 1%. A diferença absoluta é de - 0,3%.

Toledo

A cidade de Toledo, Oeste do Paraná, também foi destaque na pesquisa do IBGE, em virtude de sua economia ser baseada principalmente no abate de aves e suínos e na produção de soja. De acordo com o estudo, o município teve 1,1% de participação nos 5% que agrega valor adicionado da agropecuária em 2003.

Dependência da Administração Pública

A pesquisa do IBGE destaca ainda que as cidades do Paraná, ao lado de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, são as que têm menos dependência do governo. Nesses estados, o peso da administração pública em 70% dos municípios é inferior a 15%. Enquanto que em quase metade das cidades, 25% do PIB vem da administração pública. Cálculos

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O cálculo do PIB dos municípios foi realizado pelos organismos estaduais, cujas estimativas foram feitas pelo IBGE.

Os dados de 2003 estão sujeitos a revisão, o que já ocorreu com os de 2002. Pela primeira vez, administração pública e serviços foram analisados separadamente.