Os shoppings da cidade de São Paulo e do ABC ficaram lotados na madrugada de sábado. Pelo menos 800 mil consumidores aproveitaram o horário estendido para as compras. Na maratona de 32 horas seguidas de funcionamento, os nove shoppings receberam 2 milhões de consumidores, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun.
Nos estacionamentos, filas gigantes se estendiam pelos quarteirões vizinhos. No Shopping Metrô Tatuapé, por exemplo, o consumidor perdia, pelo menos, 20 minutos só para conseguir entrar no estacionamento. Depois, o desafio era encontrar vaga.
Para atrair os consumidores durante a maratona de 32 horas-das 10h de sexta-feira às 18h de sábado-os shoppings montaram esquemas especiais. Foram contratados DJs, palhaços, animadores, bandas de jazz, blues, enfim, tudo para animar o cliente e mantê-lo acordado. No Shopping Metrô Tatuapé, na zona leste, teve até bateria de escola de samba.
Os clientes também puderam aproveitar as áreas de lazer e a praça de alimentação nos shoppings de madrugada. Em alguns, até mesmo o cinema funcionou normalmente, caso do MorumbiShopping.
Além dos atrasadinhos que foram às compras no sábado, muitos jovens lotaram os corredores dos shoppings. "O clima é de balada. A maioria dos clientes é adolescente e rola muita paquera", contou a vendedora Patrícia Teixeira, da loja Digital, no MorumbiShopping.
Em algumas lojas, como a Arezzo, também no MorumbiShopping, os clientes receberam tratamento ainda mais especial. Ao entrar no estabelecimento, o cliente recebia uma taça de vinho espumante e chocolate, grátis. Também tiveram tratamento especial os clientes da Samsung, que ganharam um CD de música tecno.
Para manter os vendedores acordados, os shoppings distribuíram "kits energéticos". No ABC Plaza, homens vestidos de branco com chapéu de cozinheiro andavam de bicicleta pelo shopping para entregar um pacote com rocambole, bisnagas, energético, barra de cereal, pães e queijadinha para os vendedores.
Mesmo assim, alguns vendedores reclamaram do esquema montado pelas lojas. Um promotor, que não quis se identificar, entrou às 9h30m da sexta-feira e só foi embora às 18h de sábado. "Estou com dor nas pernas e o pior é que avisaram: não vamos receber hora-extra, como foi prometido".
Para os consumidores, no entanto, a maratona salvou o Natal. A dona-de-casa Marta Yamashida arrastou o filho, a irmã e uma amiga para comprar todos os presentes do Natal. A turma, que chegou às 23h, já não acompanhava o clima de Marta às 4h. "O pior é que sei que ela ainda vai longe, pelo menos 7h", reclamava o filho de 17 anos, Ricardo. A solução: Ricardo e a amiga de Marta, Serlige Santana, de 36 anos, se jogaram no chão do shopping, ao lado de oito sacolas. "Vamos ter que esperar. Ela adora essa loucura", disse o filho.
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