Gucci, Chanel, Prada, Burberry e Louis Vuitton apresentaram um pleito nos tribunais contra o famoso "Mercado da Seda", em Pequim, por vender produtos piratas de famosas marcas internacionais. Segundo o "China Daily", as cinco empresas pedem sanções e uma compensação de US$ 310 mil pela venda de produtos falsos que não apenas violam o nome como também o design, acrescentando que podem até mesmo prejudicar a imagem das marcas.
- Embora a empresa administradora do mercado tenha prometido evitar a entrada dos bens piratas, não o fez - declarou o advogado das marcas, Gao Hualin, ao apresentar a denúncia contra o Pequim Iushui Haosen Clothing Market Company, administrados do mercado.
Segundo ele, a empresa não adota medidas para lutar contra a pirataria e permite aos postos vender marcas falsas.
O Mercado da Seda, assim como muitos outros de Pequim, é um enorme edifício de vários andares, repleto de pequenos postos, onde cada vendedor tenta colocar suas mercadorias nas mesmas ocasiões que seus vizinhos.
Além do Pequim Xiushui Haosen Clothing Market company, cinco outros mercados foram denunciados pela venda de produtos falsificados.
Seis grandes caixas, com centenas de produtos têxteis e bolsas com logotipos das marcas envolvidas foram apresentadas pelos denunciantes ao tribunal com a comprovação de que foram retiradas daquele mercado.
A empresa gestora declarou-se inocente e disse ter feito todo o possível para evitar que sejam vendidos produtos falsos no mercado, além de romper os contratos com os cinco postos afetados.
As cinco lojas, por sua vez, questionaram a veracidade do certificado que afirma a procedência das mercadorias. Em sua opinião, esse não demonstra que os bens saíram de seus postos, afirmando ainda que a quantia demandada como compensação é excessiva.
A China, cuja lei de propriedade intelectual foi classificada de "modelo" pela União Européia, está cheia de produtos piratas por causa da falta de aplicação rígida das normas nos postos de produção e venda.