Para tentar incentivar a criação de mais mestrados profissionais no País, o Ministério da Educação publica hoje uma portaria estabelecendo novas regras para o credenciamento e a avaliação desses cursos. Atualmente, esses mestrados são voltados para profissionais do mercado, mas não despertam muito interesse das universidades, especialmente as públicas. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (Capes) fará uma avaliação especial dos mestrados profissionais, levando em conta suas especificidades.

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O governo quer atrair instituições que tenham boas especializações para que elas sejam transformadas em mestrados profissionais. Em 2007, último dado disponível na Capes, o número de alunos matriculados em mestrado profissional era de 7.638, ante 84.358 estudantes em mestrado. As mudanças na avaliação incluem, por exemplo, a admissão de professores que não tenham mestrado ou doutorado, mas possuam expertise reconhecida na área em que vão ensinar. Hoje, em um mestrado acadêmico todos os professores precisam ter doutorado.

Os detalhes dos requisitos de avaliação ainda não estão todos prontos, mas a Capes trabalha com a possibilidade de que algo entre 40% e 50% dos professores dos mestrados profissionais sejam do mercado. E os demais, apesar de serem titulados, terão de ter experiência profissional na área do curso. "Acredito que muitas instituições não têm interesse nos mestrados profissionais porque eles seriam avaliados pelos mesmos padrões dos cursos acadêmicos. Havia o temor da nota baixa", avalia o ministro da Educação, Fernando Haddad.

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A forma de avaliação dos alunos também deverá ser mais variada. Em vez da tradicional dissertação, o estudante poderá apresentar um artigo ou projetos. Um edital será lançado em breve para chamar instituições de ensino superior que planejam transformar suas especializações em mestrados ou as que pretendem criar novos cursos. Uma das intenções com a ampliação dos mestrados profissionais é facilitar o cumprimento da meta do Plano Nacional de Pós-Graduação de formar 16 mil doutores por ano até 2010. Atualmente, o País ainda forma pouco mais de 10 mil ao ano.