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O mercado financeiro mantém os números negativos nesta tarde, sem mostrar reação significativa à nota na qual o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, nega as acusações feitas contra ele pela manhã. Às 14h49m, o dólar subia 2,94% e era negociado por R$ 2,448 na compra e R$ 2,450 na venda. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caía 1,86%, com R$ 1,436 bilhão em negócios, volume bem acima da média para este horário.

O depoimento do advogado Rogério Buratti é o principal motivo do estresse do mercado. Pela manhã, o dólar chegou a subir mais de 4% e a Bovespa caiu mais de 2,5%. Ex-assessor de Palocci na Prefeitura de Ribeirão Preto, ele afirma que o atual ministro recebia propina mensal de R$ 50 mil de empreiteiras, que eram repassados ao PT por intermédio do então tesoureiro Delúbio Soares.

Nesta tarde, o ministro Palocci divulgou nota na qual contesta as informações de Buratti. Ele também negou que seu ex-assessor Ralf Barquete, morto no ano passado, recebesse recursos da empresa para serem repassados ao diretório nacional do PT.

O grande temor do mercado era que as denúncias de corrupção no governo acabassem por envolver o ministro da Fazenda. Era essa "blindagem" que vinha sendo utilizada para justificar o bom desempenho do mercado financeiro nos últimos dias, mesmo em meio à turbulência política.

O risco-país brasileiro opera em alta de 3,70% aos 420 pontos centesimais. Os juros futuros disparam na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), com o temor de que a crise política finalmente contamine os fundamentos econômicos e alterem o curso sa política monetária.

Entre as ações que se destacam pela queda no Índice Bovespa estão Brasil Telecom Participações ON (-5,36%) e Gerdau Metalúrgica PN (-4,97%). As altas mais significativas do índice são de VCP PN (+1,73%) e Embraer PN (+1,47%).

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