Metalúrgicos cruzam os braços e buscam acordos com empresas

Oitenta metalúrgicos da empresa Parker, em Curitiba, voltaram ao trabalho no início da tarde desta segunda-feira (28). Os funcionários estavam desde sexta-feira sem trabalhar buscando um acordo com a empresa. As reivindicações, que antecedem a negociação salarial, iam desde aumento real ao pagamento de adicional noturno.

De acordo com o diretor e vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Paraná, Nelson Silva Souza, empresa e metalúrgicos entraram num acordo por volta de 14h desta segunda-feira.

"Com o acordo conseguimos aumento de 9% (aumento real + reposição da inflação), redução de duas horas na jornada de trabalho a partir do mês de julho de 2006 sem alterar os salários e garantia na participação de lucros e resultados da empresa", disse Souza.

Mais protestosPara esta terça-feira (29), de acordo com o diretor do sindicato, cerca de 1.800 metalúrgicos devem cruzar os braços. "Hoje (segunda) já houve protesto na Bosch e não chegamos ao acordo. Amanhã (terça) os funcionários devem parar novamente por tempo indeterminado ou por uma ou duas horas por turno. Além da Bosch terá manifestação na GL, antiga Lorenzeti e TMT Motoco", adiantou.

ReivindicaçõesAlgumas das reivindicações dos metalúrgicos são a redução da jornada de trabalho, reposição da inflação, aumento real, estabilidade após férias e licença médica, pagamento de multa de 40% do FGTS, pagamento de adicional noturno, entre outras coisas.

PatronalAs negociações com o Sindicato Patronal não estão definidas. Na semana passada os metalúrgicos, em assembléia, rejeitaram a proposta apresentada pelo Patronal e enviaram contra-proposta. Os metalúrgicos aguardam agora resposta do sindicato patronal para continuar a negociação.

GreveO diretor do sindicato informou que não acredita numa greve da categoria, uma vez que as empresas estão negociando com os metalúrgicos, porém não afasta definitivamente a idéia.