O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou a liberação de R$ 1,5 milhão para as ações emergenciais de combate à aftosa no Paraná. O anúncio foi feito, em Curitiba, pelo delegado regional do ministério no Paraná, Valmir Kowalewski de Souza, durante encontro do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa). Há pelo menos três anos o estado banca sozinho os custos de defesa agropecuária, num investimento anual entre R$ 4 milhões e R$ 6 milhões, como informa reportagem da Gazeta do Povo.
Kowaleski condicionou a liberação dos recursos à apresentação de documentos e plano de trabalho pelo governo paranaense. Segundo ele, a prioridade será o combate à aftosa e à gripe avícola, as duas principais preocupações atuais das autoridades sanitárias.
Apesar da retomada dos repasses federais, a Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab) provavelmente terá menos recursos em 2006. Na previsão orçamentária do próximo ano, enviada à Assembléia Legislativa pelo governo e ainda não votada, a Seab ficará com R$ 245,23 milhões, volume 21,2% inferior ao orçamento deste ano.
Ontem, na reunião do Conesa, o vice-governador e secretário de Agricultura, Orlando Pessuti (PMDB), defendeu a utilização de soldados do Exército na vigilância das fronteiras do Brasil com países onde há risco maior de aftosa, como Paraguai e Bolívia. Nas barreiras montadas no Paraná, já são empregados efetivos da Polícia Rodoviária Estadual.