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Curitiba – Nenhum dos 399 municípios do Paraná votou contra o comércio de armas de fogo e munição. Siqueira Campos, no Nordeste do estado, foi a cidade onde houve o maior número de eleitores a favor da proibição das vendas de armas.

Das 10.168 pessoas que votaram, 46,60% escolheram o sim. Já em Bom Sucesso do Sul, próximo a Pato Branco, no Sudoeste do Paraná, 92,77% dos eleitores votaram não.

Foi a maior votação contra a proibição entre as municípios do estado.

Religião

"A nossa cidade é extremamente religiosa e de grande maioria católica, e a Igreja fez uma forte campanha a favor do sim. As igrejas evangélicas também encabeçaram essa campanha e houve uma união dessas religiões em prol do sim. Eu atribuo esse resultado a esse feito", diz o prefeito de Siqueira Campos, Luiz Antônio Liechocki, explicando por que quase metade da população da cidade votou a favor da proibição das vendas de armas de fogo.

Com cerca de 4 mil habitantes e 2.500 eleitores, metade da população de Bom Sucesso do Sul vive na zona rural. Para o prefeito, Elson Munaretto (PMDB), esse é o motivo da grande expressão do não em sua cidade. "A zona rural não tem um atendimento da segurança pública como no perímetro urbano. Os delinqüentes, os que assaltam, esse pessoal, mesmo que fosse proibida a comercialização, continuariam armados."

O radialista Valmir Guimarães, de Siqueira Campos, votou sim. Ele concorda com o prefeito da cidade e acha que a religião foi predominante para a cidade ter tido a maior votação de sim no estado. "A cidade é bastante religiosa e é do interior, esse detalhe foi importante para a opinião da comunidade."

A secretária Patrícia Gomes, também eleitora do sim em Siqueira Campos, acha "que o pessoal da cidade estava querendo tomar uma iniciativa tentando desarmar de alguma maneira os bandidos, e tentando prevenir os acidentes domésticos, principalmente com as crianças".

Faltou campanha

Para Luciandra Munaretto, que trabalha na Paróquia de Bom Sucesso do Sul, não houve campanha de nenhum dos lados na cidade. "Eu acho que o pessoal votou pela lógica. Os malfeitores iam ficar armados e os outros não. E iriam nos tirar um direito, e amanhã vão querer tirar outro?

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