Os técnicos da Receita Federal começam nesta terça-feira uma nova paralisação de advertência com duração de três dias. A partir das 9 horas da manhã os servidores estarão em frente ao prédio da Receita fazendo manifestações e distribuindo panfletos.
O representante dos técnicos da Receita Federal no Paraná, o presidente do Conselho Estadual de Delegacias Sindicais do Paraná, João Caputo de Oliveira, disse que a administração não se mostrou acessível ao dialogo. "Eles nem se importaram com o nosso movimento. Tanto é verdade, que o presidente Lula assinou a MP que cria a Super Receita. Agora nos resta lutar para a aprovação de emendas para que nossos anseios tenham validade".
Apesar de serem contra a greve, de acordo com Oliveira, alguns sindicalizados já sinalizam com a possibilidade de greve permanente. "Não queremos isso. Sabemos que uma greve permanente prejudicaria muito a população. Só queremos abrir um canal de conversação com o governo, e não prejudicar o contribuinte", alertou.
Na fronteira
A paralisação dos técnicos da semana passada (de terça à quinta), prejudicou os trabalhos de fiscalização na fronteira entre Brasil e o Paraguai. Na aduana da ponte da amizade o trabalho foi realizado por auditores que foram improvisados na função. "Acredito que isso facilitou o contrabando. A amostragem já é pequena e com a lentidão causada pela falta de funcionários específicos, ou seja, os técnicos, a coisa ficou ainda pior", disse Oliveira.
Prejuízos para a população
O presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal (Sindireceita), Paulo Antenor Oliveira, acredita que a Super-Receita poderá gerar prejuízos para o país. "Esse é um modelo que não define as atribuições dos servidores responsáveis pelo funcionamento dessa nova estrutura da Administração Tributária Federal, mantém o problema do sub-aproveitamento de mão-de-obra qualificada e amplia os conflitos internos existentes no Órgão".
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