O percentual de pessoas que optam por ler o jornal na internet tem crescido mais rapidamente do que o de internautas em geral. O fenômeno acontece tanto nos Estados Unidos - país cujo mercado de mídia serve de referência mundial - quanto no Brasil, dizem pesquisas da Nielsen/NetRatings e Ibope/NetRatings. Os levantamentos também mostram que internautas do sexo masculino e com nível alto de instrução são maioria entre os leitores de jornais online.
Nos EUA, o percentual de leitores das versões online de jornais aumentou 11% entre outubro de 2004 e outubro deste ano. Isso é mais do que os 3% de crescimento do número de internautas em geral, segundo um levantamento da Nielsen/NetRatings. Por aqui, o crescimento é ainda mais significativo: houve alta de 13,9%, mostra uma pesquisa do Ibope/NetRatings, com base na mesma metodologia.
O alcance desse tipo de mídia também é maior por aqui. Do total de 18,9 milhões internautas residenciais brasileiros, 30,8% lêem seus jornais preferidos pela internet, diz o coordenador de análise do Ibope Inteligência, Alexandre Magalhães. Nos EUA, 26% dos internautas têm o mesmo hábito.
Apesar da evolução mais acelerada, o universo brasileiro de leitores de jornais online representa menos de um décimo do americano. Cerca de 39,3 milhões de pessoas acessaram jornais pela internet em outubro passado nos Estados Unidos, contra 3,6 milhões daqui.
O levantamento da Nielsen/NetRatings também mostra que 22% dos entrevistados trocaram sua principal fonte de notícias da versão impressa para a online. O número explica em parte a queda geral de circulação dos jornais do mundo. A United Press International diz que os jornais da América do Norte e da Europa perderam 600 mil leitores desde 1995.
No Brasil, o diretor-geral do Instituto Verificador de Circulação (IVC), Ricardo Costa, diz que a circulação dos jornais impressos cresceu 3,6% entre agosto de 2004 e agosto deste ano. Segundo ele, as empresas brasileiras se esforçaram e têm conseguido reverter a tendência mundial de encolhimento do mercado.
No entanto, essa recuperação é insuficiente para compensar a queda de circulação no mercado brasileiro nos últimos dez anos. Os três principais jornais do país vendiam 2,9 milhões de exemplares em 1995. Hoje circulam apenas 1,07 milhão, menos da metade.
Mesmo assim, a pesquisa da Nielsen/NetRatings aponta que jornais convencionais ainda são preferidos por 71% dos leitores americanos. Do total de pesquisados, 7% dividem o tempo entre as duas mídias.
As pesquisas também indicam que homens são maioria entre os leitores de jornais na internet. Eles representam 56% do total nos EUA e 59% no Brasil, contra 44% e 40% de mulheres, respectivamente. Além disso, pessoas com pelo menos o terceiro grau representam a parcela mais gorda da audiência: são 37% no Brasil e 52% nos Estados Unidos.
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