Embora o saldo positivo tenha sido menor do que o de junho do ano passado, o número de trabalhadores com carteira assinada voltou a crescer em junho, fechando o mês com resultado positivo de 195.536 postos. Em igual período do ano passado, haviam sido criados 207.895 postos formais.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged), no primeiro semestre deste ano o emprego formal teve saldo positivo de 966.303 empregos, contra 1,034 milhão registrado no mesmo período de 2004.
- Está havendo um processo de desaceleração, mas não de estagnação - afirmou o novo ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
O setor que mais contribuiu para o desempenho positivo do mercado formal de trabalho no mês de junho foi a agropecuária, que teve saldo positivo de 80.350 contratações, com destaque para o cultivo de cana-de-açúcar e de café. O número de trabalhadores no cultivo do café quase dobrou em relação a junho do ano passado, subindo de 16 mil para 30 mil.
Também houve crescimento nas atividades ligadas à agricultura, como transporte e locação de máquinas e serviços. Em contrapartida, embora com resultado positivo, houve queda das contatações na área de cultivo de cereais e grãos, principalmente devido à seca na região Sul. O resultado positivo na agricultura caiu de 33.000 em junho de 2004 para 7.000 no mês passado.
O comércio gerou 32.123 empregos, contra 28.308 em junho do ano passado. O setor de serviços também registrou alta no saldo positivo, gerando 46.669 empregos, contra 39.584 em junho de 2004. A indústria da transformação registrou saldo positivo de 16.993 postos, o que corresponde a uma queda significativa em relação aos 47.545 do mesmo mês do ano passado. O destaque na indústria foi o ramo de alimentos e bebidas, que teve saldo positivo de 13.319.
Apresentaram resultado negativo os ramos de madeiras e mobiliário, borracha e fumo, couros e peles, indústria de calçado e material para transporte.