Mudança de rumo
Escolher uma nova carreira é um processo difícil, mas alguns cuidados simples podem contribuir para uma transição sem sobressaltos. Confira cinco aspectos que devem ser considerados:
Antes de decidir pela troca de carreira, certifique-se de que sua insatisfação está mesmo ligada à atividade que você realiza e não ao ambiente ou às pessoas com as quais você convive. O problema pode estar nos seus relacionamentos e não na sua profissão
Evite agir por impulso. Uma decisão baseada apenas na possibilidade de um salário mais atraente ou em dificuldades momentâneas tem grandes chances de dar errado. Mais que um bom salário, é preciso ter afinidade com a nova ocupação
Planeje a mudança. Analise sua situação atual, incluindo o aspecto financeiro, que tem grande relevância e pode ser decisivo. Embora não existam restrições com relação à idade, considere os prós e contras da mudança de carreira em cada fase da vida
Faça um exercício de autoconhecimento. Analise suas habilidades e as habilidades necessárias para a carreira que você deseja seguir. Certamente você precisará desenvolver novas competências. Avalie o mercado, experimente, pesquise, converse com pessoas que já atuam nessa área
Depois de decidir pela mudança de carreira, busque qualificação para encarar a nova fase. Você vai precisar de cursos complementares ou de uma nova graduação? Tenha sempre em mente que a troca de carreira é um projeto de longo prazo e considere os custos que acompanham esse processo.
Muita gente provavelmente incluiu em sua lista de planos para 2013 o desejo de dar uma guinada na vida profissional e trocar de carreira. Mas o que fazer para que esse desejo não seja frustrado como tantas outras resoluções típicas de começo de ano?
Para o psicólogo especialista em análise do comportamento Carlos Esteves, o primeiro passo é basear a decisão de mudar de carreira nas condições presentes, e não apenas nas possibilidades futuras de uma nova ocupação, como um salário astronômico, por exemplo. "Todo e qualquer processo de mudança envolve duas grandes dimensões: o quão confiante estou para encarar uma mudança ou o quão insuportável está permanecer na condição atual", explica.
De forma geral, as pessoas estão mais confiantes. O ambiente econômico está favorável e há mais oportunidades no mercado, diz Esteves. Contudo, isso não elimina a necessidade de olhar atentamente para o novo cenário, preparar-se para ele, buscar informações e, sobretudo, experimentar a nova profissão.
Pergunte a si mesmo
As minhas habilidades correspondem àquela atividade ou terei de desenvolver novas competências? Estou disposto a fazer isso? "Embora simples, essas perguntas podem ser reveladoras, mas muitas pessoas ainda menosprezam essa etapa", afirma o psicólogo.
A orientação é fugir do impulso, que está mais associado ao desconforto e à insatisfação atuais que ao possível prazer com a nova atividade e, por isso, tem baixa probabilidade de dar certo. A condição atual também tem relevância e deve ser avaliada com carinho.
A situação financeira pode ser tanto um empecilho quanto o empurrão que faltava para a decisão, como aconteceu com a empresária Ilza Bicalho. Ela tinha 42 anos quando uma necessidade a fez repensar sua vida profissional. Formada em Psicologia e Fonoaudiologia, Ilza tinha consultório e trabalhava na área de estudos de aprendizagem. "Tentava ampliar a clientela, mas o retorno financeiro não era satisfatório", conta. Quando o marido perdeu o emprego, uma tia a convidou para ser corretora de imóveis e a possibilidade de ganhar mais fez com que ela aceitasse a proposta.
"Sempre gostei muito da área de vendas e isso foi fundamental. Acho que é preciso um mínimo de vocação para não se frustrar", afirma Ilza, que em 2009 abriu sua própria imobiliária, a Diferencial Imóveis.
AvalieInsatisfação é com o emprego ou a carreira?
Nem sempre a insatisfação com o trabalho significa necessidade de mudar de carreira. Em muitos casos, o desconforto é resultado de problemas com o emprego e não com a profissão.
Segundo o psicólogo Carlos Esteves, é preciso avaliar os sinais. Questione-se: meu descontentamento está relacionado à atividade que eu desempenho ou às relações interpessoais que mantenho no emprego, incluindo o relacionamento com o chefe? Além do reconhecimento do trabalho realizado, a satisfação profissional depende do equilíbrio entre esses dois aspectos atividade e relacionamento , lembra Esteves.
Assim como relacionamentos conflituosos podem comprometer o desempenho no trabalho, atividades pouco prazerosas também podem atrapalhar os relacionamentos. É preciso saber distinguir um problema do outro para evitar uma decisão errada.
Você já mudou de profissão? O que levou em conta para tomar essa decisão?
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