Imagine que você tem um negocio vinculado a uma grande corporação cuja marca é consolidada. Imagine ainda que essa companhia ofereça a seus conveniados e parceiros (e você é um deles!) um grande evento com criação, produção e execução definidas e de primeira qualidade, ou seja, de padrão internacional. O desafio desse parceiro que "ganha" o evento em seu município seria usá-lo em seu próprio beneficio criando estratégias de marketing para potencializar os resultados. Dono do evento ele nada mais precisa fazer além de convidar pessoas de seu interesse reforçando sua marca própria.
O que você faria numa situação dessas? Se pensou em coisas maravilhosas, originais e interessantes considere-se um marketeiro nato, ou pelo menos alguém que consegue olhar os fatos como oportunidades constantes, pois nem todos percebem o quanto podem fazer render situações como essa!
Divulgar, comunicar, convidar, estabelecer e consolidar relacionamentos são ações básicas, chamadas "feijão com arroz". Ousar, inovar, surpreender é no que se deve pensar. Como se diferenciar da concorrência?
Se essa hipótese acontece em cidades de pequeno porte, o resultado pode ser maior ainda, pois os meios de comunicação precisam de notícias, as cidades carecem de bons eventos, a agenda é menos tumultuada e os eventos são encontros sociais, econômicos e culturais que promovem maior integração entre todos. Tudo vira acontecimento e o evento pode se tornar facilmente a atração do ano!
Claro que poucas corporações oferecem isso a seus parceiros. E claro que muitos deixam passar oportunidades inacreditáveis de pensar em vendas, marketing indireto ou de relacionamento, valor agregado, fomentar desejo pela marca e tantas possibilidades mais. Infinitas. E o melhor é que não implicam em despesas.
Conheci pessoas que alegavam não ter tempo de convidar, outras diziam que as pessoas da cidade não gostavam de sair em noites frias, mesmo que os espetáculos fossem bons e outros ainda, "esqueciam" de espalhar os cartazes, de convidar donos de rádio, jornalistas, o gerente do banco ou o secretário de cultura do município. Coisinhas básicas como essa!
Estupefata ouvi que as vendas estavam em baixa e pensar em evento numa hora dessa era impossível. Ora, ora. Difícil explicar.
Um amigo empresário diz sempre que vende para quem não precisa mais "educar", deixa esse trabalho para outros. Compartilho com aqueles que ensinam a ultrapassar o "feijão com arroz". É muito gratificante e resulta em sucesso. Invariavelmente.
Maria Christina de Andrade Vieira, empresária e escritora, autora de Herança (Ed.Senac-SP), Cotidiano e Ética: crônicas da vida empresarial (ed. Senac-SP).chris@onda.com.br www.andradevieira.com.br
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