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Sustentabilidade

ONG curitibana lança banco de “talentos verdes”

Parte da primeira turma do Open Dojô: jovens que buscam adotar os princípios da economia justa e em harmonia com o meio ambiente e a sociedade | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Parte da primeira turma do Open Dojô: jovens que buscam adotar os princípios da economia justa e em harmonia com o meio ambiente e a sociedade (Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo)

O Open Dojô, programa da ONG curitibana OpenLab, com foco na formação de futuros líderes na área da sustentabilidade e que tem o apoio institucional do Programa das Nações Unidas para Formação e Treinamento (Unitar), formou sua primeira turma e divulga seu primeiro banco de talentos verdes. São 50 jovens, de 18 a 30 anos de idade, que estão estudando ou acabaram de se formar em áreas diversas, da Administração à Arquitetura, e têm vontade de seguir carreira na área da sustentabilidade – ou, ao menos, de adotar os princípios da economia justa e em harmonia com o meio ambiente e a sociedade em suas carreiras.

O programa começou em fevereiro deste ano, com uma semana de palestras de personalidades – como Yoshio Kawakami, presidente da Volvo Construction Equipment Latin América, braço da empresa para equipamentos de construção – e troca de experiências. Depois, passou por um período de desenvolvimento de "ecoprotótipos" (ideias de negócios e serviços com foco na sustentabilidade) em equipe, entre março e junho. E terminou com a apresentação desses trabalhos.

"É um programa que orienta, mostrando os grandes temas da sustentabilidade e seus desafios reais, mas que também deixa livre a capacidade criativa desses jovens para experimentar e buscar soluções inovadoras para esses desafios", descreve a diretora do OpenLab, Mariah Endo.

Para o estudante de Admi­nistração André Arasaki, 22 anos, o programa representou principalmente uma mudança de postura pessoal e profissional. "Antes de tentar montar meu próprio negócio e querer cursar Administração, fiz a faculdade de Estatística, justamente porque é uma área com poucos profissionais, onde se tem oportunidade de grandes ganhos. Sair dessa faculdade e tentar montar meu próprio negócio foi o primeiro passo na minha mudança de vida. O Open Dojô foi o segundo. Hoje tenho claro que ganhar dinheiro individualmente não leva a nada e que o importante é a coletividade", afirma.

Arasaki faz parte da equipe que criou o ecoprotótipo da Two Point Five Consult, uma consultoria para pessoas e empresas que querem engrenar no mundo da ação social, criando uma organização ou mesmo captando recursos para algo que já existe. "O projeto já tem mais de mil seguidores no Facebook e duas empresas nos contataram interessadas em uma consultoria, por isso sabemos que é preciso levar a ideia para frente. Só não sabemos ainda como", completa.

Outro jovem que pretende seguir exatamente o que desenvolveu no Open Dojô é William Schineider Rabelo, 21 anos. Estudante do segundo ano de Engenharia Civil, ele faz parte da equipe João-de-barro, que apresentou a ideia de uma construtora especializada na execução de casas e obras verdes.

O estudante de Direito Bernardo Piquet, por sua vez, pretende seguir na área de serviço e formação social. Ele e mais cinco colegas desenvolveram uma cartilha, com um modelo de consultoria para municípios de até 50 mil habitantes, denominada Gestão Pública Inteligente. "O objetivo é que, com algumas ferramentas pré-definidas, seja possível fazer o diagnóstico dos problemas de um município e articular soluções com uma melhor gestão de recursos", explica.

Serviço:

O Banco de Talentos do Open Dojô e outras informações sobre as futuras edições do programa estão no site www.openlab.org.br

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