Não é segredo que a tecnologia está mudando o ambiente de trabalho. Basta olhar ao seu redor para perceber como as coisas já não são mais como antes. Mas as empresas e os profissionais cada vez mais conectados são apenas o início de um caminho sem volta para os empregos do futuro.
Uma tese liberada recentemente por um grupo de especialistas em recursos humanos da Chreate descreveu o que eles veem como os quatro modelos de trabalho que devem existir nos próximos anos. O objetivo é mostrar às organizações como elas devem evoluir para se adaptar e encarar desafios e inovações.
INFOGRÁFICO: Veja como foram divididas as quatro novas categorias do trabalho
A partir de conceitos de transparência, inclusão e a relação com a tecnologia, ela criou denominadores comuns que resumem como será a realidade nas empresas e mapeou esses empregos em quatro quadrantes. Porém, ao contrário do que imaginam alguns entusiastas, esse futuro não é tão diferente do que temos hoje, ainda que traga mudanças significativas em muitas estruturas clássicas.
Um dos modelos listados mostra uma realidade bem semelhante à atual, com mudanças sutis em apenas alguns processos. São trabalhos que mantêm um formato clássico, com expedientes bem definidos, com um local de trabalho e envolvendo pouca tecnologia. Basicamente, é o dia a dia em qualquer escritório.
O que a tese propõe, porém, é que esse modelo empregatício deve deixar de ser o padrão, limitando-se a setores em que essa limitação é necessária, como em unidades fabris ou linhas de produção, por exemplo. Em compensação, outras atividades podem sofrer grandes alterações para se adequar à nova realidade.
É o caso do que os especialistas descrevem como um “estilo Uber”. É uma mudança radical em relação ao que é adotado atualmente, unindo modelos democráticos de trabalho com inovações tecnológicas. Não há mais a necessidade de bater cartão, apenas uma plataforma na nuvem na qual é possível localizar e identificar profissionais sob demanda.
Pense no próprio aplicativo de transporte: ao invés de solicitar um carro, a empresa pode procurar por um designer, um redator ou o que achar necessário para determinada tarefa. Segundo os especialistas em RH, essa reconfiguração organizacional fará com que os profissionais estejam em constante evolução e em contato com várias companhias.
É claro que, entre esses dois extremos, existem formatos intermediários que mesclam algumas dessas características. Há aqueles trabalhos que serão reimaginados graças aos novos modelos de contratação e aqueles que vão se manter clássicos, mas otimizados com a ajuda da tecnologia.
Evoluir ou morrer?
A mudança apontada pelo estudo é gradual e algumas organizações podem adotar modelos diferentes para cada setor. Enquanto a área criativa pode seguir a fórmula Uber, a linha de produção pode continuar sem modificação. O importante, segundo os especialistas, é a empresa se preparar para o futuro.
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