Diante de um mercado de trabalho cada vez mais exigente, cresce o número de profissionais que procuram um MBA no exterior para dar um up grade na carreira. Mas quem embarca nessa empreitada tem, logo de cara, um primeiro desafio: escolher um curso diante de uma enxurrada de boas opções disponíveis lá fora.
Para quem está começando a busca, uma ajuda na hora da escolha do MBA pode vir dos rankings divulgados anualmente por publicações como Financial Times, The Economist, US News & World Report, Business Week-Bloomberg , Forbes, entre outros. Mas é preciso cautela, alerta o consultor de admissão, Ricardo Betti, da MBA Empresarial. “Eles devem ser encarados como um ponto de partida, e não como verdade absoluta porque apresentam muitas variações entre si”, ressalta.
Na avaliação do consultor, hoje, três rankings dão conta do recado quando se trata de apontar os melhores MBAs: Financial Times , Business Week-Bloomberg e o da US News & World Report . A revista Poets & Quants também tem feito um bom trabalho nos últimos anos ao consolidar um ranking com base na lista de outras cinco publicações, segundo Betti.
Ponto de partida
A orientação é usar os melhores rankings para selecionar as 15, 20 melhores escolas – a maioria delas está nos Estados Unidos. Em 2016, 20 escolas alternaram posições no “Top 10” dos principais rankings. Segundo o consultor de admissões, se o candidato decidir ser mais “seletivo” e escolher apenas as “Top 5”, vai encontrar 12 escolas. “Mesmo aqueles que estabelecerem a meta de estudar no “melhor programa de MBA do mundo” terão que decidir entre 5 opções: Chicago, Harvard, Insead, Stanford e Wharton”, sentencia o consultor de admissão.
“Em média, a remuneração dobra após um MBA. Quando eu fiz , há 30 anos, no MIT, o salário triplicava, em média. Não há dúvidas de que um bom MBA abre muitas portas. Empresas como Microsoft, Google procuram e assediam esses profissionais”.
Gaste tempo pesquisando
O próximo passo é preciso fazer uma espécie de imersão em cada uma das instituições de ensino. Comece vasculhando o site, tentando contato com pessoas que já cursaram MBAs nessas instituições. Reúna informações sobre a cultura específica de cada uma. Por exemplo: Wharton, da Universidade da Pensilvânia, é a líder na área de Finanças assim como Harvard é em Administração Geral ou Kellogg, da Universidade de Northwestern, na área Marketing.
Quem quiser – e puder – deve ir visitar as principais escolhas pessoalmente, sugere Betti. Algumas permitem que os interessados assistam algumas aulas e vivenciem um pouco do clima de uma escola de negócios.
Coloque na balança o custo e o benefício
Por último, mas não menos importante, é importante avaliar a questão do custo. Embora o preço de um MBA varie pouco entre as melhores escolas, é preciso considerar o custo de vida. Este sim pode variar muito de uma capital para uma cidade do interior. “Viver em Nova York é mais caro do que viver no interior, onde existem boas escolas. No fim, a estimativa que eu faço é que, em média, o custo fica em torno de uns US$ 200 mil, com um acréscimo de 10% para quem opta por uma escola em uma grande metrópole ou decide levar a família”, fiz.
De acordo com o ranking da US News & Wold Report, um MBA em Harvard custa, por ano, US$ 61,2 mil, o equivalente a R$ 188,6 mil. No Top 10 da publicação, o MBA mais caro é o da escola de negócios da Universidade de Columbia – US$ 65,9 mil. Mas sempre é possível conseguir bolsas. Em geral, as escolas oferecem ajuda financeira baseada na necessidade ou por mérito. Tanto em um caso quando no outro, o processo de avaliação é rigoroso, mas pode valer a pena para o bolso.
Um up grade no salário
O importante é olhar o custo-benefício de um investimento desse porte. No caso das melhores escolas de negócio, o retorno para a carreira e para o salário é certo. De acordo com o tradicional ranking anual do jornal britânico Financial Times, a remuneração anual dos alunos que entraram em 2012 na Insead é hoje, três anos após a conclusão do curso, quase o dobro do salário que eles recebiam antes de cursar o MBA. Em 2016, pelo segundo ano seguido, a Insead desbancou Harvard no topo do ranking do Financial. Foi a primeira vez que um MBA de um ano foi eleito o melhor do mundo.
“Em média, a remuneração dobra após um MBA. Quando eu fiz , há 30 anos, no MIT, o salário triplicava, em média. Não há dúvidas de que um bom MBA abre muitas portas. Empresas como Microsoft, Google procuram e assediam esses profissionais”, segundo Betti.