Diante de um mercado de trabalho cada vez mais exigente, cresce o número de profissionais que procuram um MBA no exterior para dar um up grade na carreira. Mas quem embarca nessa empreitada tem, logo de cara, um primeiro desafio: escolher um curso diante de uma enxurrada de boas opções disponíveis lá fora.
Confira quatro rankings com os melhores MBAs de 2016
Para quem está começando a busca, uma ajuda na hora da escolha do MBA pode vir dos rankings divulgados anualmente por publicações como Financial Times, The Economist, US News & World Report, Business Week-Bloomberg , Forbes, entre outros. Mas é preciso cautela, alerta o consultor de admissão, Ricardo Betti, da MBA Empresarial. “Eles devem ser encarados como um ponto de partida, e não como verdade absoluta porque apresentam muitas variações entre si”, ressalta.
Donos da AB InBev oferecem bolsas de estudo e linha direta com grandes líderes
Veja seis profissões em alta no Paraná em 2017
Na avaliação do consultor, hoje, três rankings dão conta do recado quando se trata de apontar os melhores MBAs: Financial Times , Business Week-Bloomberg e o da US News & World Report . A revista Poets & Quants também tem feito um bom trabalho nos últimos anos ao consolidar um ranking com base na lista de outras cinco publicações, segundo Betti.
Ponto de partida
A orientação é usar os melhores rankings para selecionar as 15, 20 melhores escolas – a maioria delas está nos Estados Unidos. Em 2016, 20 escolas alternaram posições no “Top 10” dos principais rankings. Segundo o consultor de admissões, se o candidato decidir ser mais “seletivo” e escolher apenas as “Top 5”, vai encontrar 12 escolas. “Mesmo aqueles que estabelecerem a meta de estudar no “melhor programa de MBA do mundo” terão que decidir entre 5 opções: Chicago, Harvard, Insead, Stanford e Wharton”, sentencia o consultor de admissão.
“Em média, a remuneração dobra após um MBA. Quando eu fiz , há 30 anos, no MIT, o salário triplicava, em média. Não há dúvidas de que um bom MBA abre muitas portas. Empresas como Microsoft, Google procuram e assediam esses profissionais”.
Gaste tempo pesquisando
O próximo passo é preciso fazer uma espécie de imersão em cada uma das instituições de ensino. Comece vasculhando o site, tentando contato com pessoas que já cursaram MBAs nessas instituições. Reúna informações sobre a cultura específica de cada uma. Por exemplo: Wharton, da Universidade da Pensilvânia, é a líder na área de Finanças assim como Harvard é em Administração Geral ou Kellogg, da Universidade de Northwestern, na área Marketing.
Quem quiser – e puder – deve ir visitar as principais escolhas pessoalmente, sugere Betti. Algumas permitem que os interessados assistam algumas aulas e vivenciem um pouco do clima de uma escola de negócios.
Coloque na balança o custo e o benefício
Por último, mas não menos importante, é importante avaliar a questão do custo. Embora o preço de um MBA varie pouco entre as melhores escolas, é preciso considerar o custo de vida. Este sim pode variar muito de uma capital para uma cidade do interior. “Viver em Nova York é mais caro do que viver no interior, onde existem boas escolas. No fim, a estimativa que eu faço é que, em média, o custo fica em torno de uns US$ 200 mil, com um acréscimo de 10% para quem opta por uma escola em uma grande metrópole ou decide levar a família”, fiz.
De acordo com o ranking da US News & Wold Report, um MBA em Harvard custa, por ano, US$ 61,2 mil, o equivalente a R$ 188,6 mil. No Top 10 da publicação, o MBA mais caro é o da escola de negócios da Universidade de Columbia – US$ 65,9 mil. Mas sempre é possível conseguir bolsas. Em geral, as escolas oferecem ajuda financeira baseada na necessidade ou por mérito. Tanto em um caso quando no outro, o processo de avaliação é rigoroso, mas pode valer a pena para o bolso.
Um up grade no salário
O importante é olhar o custo-benefício de um investimento desse porte. No caso das melhores escolas de negócio, o retorno para a carreira e para o salário é certo. De acordo com o tradicional ranking anual do jornal britânico Financial Times, a remuneração anual dos alunos que entraram em 2012 na Insead é hoje, três anos após a conclusão do curso, quase o dobro do salário que eles recebiam antes de cursar o MBA. Em 2016, pelo segundo ano seguido, a Insead desbancou Harvard no topo do ranking do Financial. Foi a primeira vez que um MBA de um ano foi eleito o melhor do mundo.
“Em média, a remuneração dobra após um MBA. Quando eu fiz , há 30 anos, no MIT, o salário triplicava, em média. Não há dúvidas de que um bom MBA abre muitas portas. Empresas como Microsoft, Google procuram e assediam esses profissionais”, segundo Betti.