Em 2006, o Brasil deve superar a meta de formação de doutores estabelecida pelo governo federal. Segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, cerca de 10.500 pessoas devem obter o título de doutor no ano que vem. "No início do governo, o presidente Lula estabeleceu uma meta para 2006 de formar 10 mil doutores", informou o ministro, em entrevista coletiva de rádio nesta quarta-feira.

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Rezende afirmou que o crescimento da pós-graduação se deve a medidas como a expansão do ensino superior e à conscientização do setor empresarial sobre a importância de investir em desenvolvimento tecnológico. "Muitas medidas estão sendo criadas em todo o Brasil, como parques tecnológicos e incubadoras tecnológicas", disse.

Segundo ele, as empresas também têm desenvolvido programas de incentivo à pós-graduação. Para o ministro, a Lei de Inovação Tecnológica, regulamentada em outubro, deverá estimular a busca pela formação acadêmica. A lei prevê, por exemplo, reembolso por parte do governo para as empresas que contratarem mestres e doutores.

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"Vários instrumentos novos de apoio à empresa vão permitir ou vão contribuir para que nós nos posicionemos melhor do ponto de vista tecnológico", avaliou.

O desafio atual, afirmou o ministro, é atrair de volta os especialistas e pesquisadores brasileiros que deixaram o país em busca de melhores condições profissionais. "Os programas de várias naturezas que estão sendo lançados vão estar em pleno vigor no próximo ano. Eu acho que nós vamos começar a ver um gradual retorno dos bons filhos voltando à sua casa".

De acordo com Rezende, essas mudanças vão contribuir para que o país tenha mais competitividade internacional. "Existem levantamentos que são feitos por entidades internacionais e que mostram que o sistema empresarial do Brasil como um todo é pouco inovador", afirmou o ministro.

Hoje, as exportações brasileiras se concentram nos produtos agropecuários e em matérias-primas. Rezende ressaltou que o bom desempenho do agronegócio é resultado do investimento em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. "O Brasil não exportaria tanto se não tivesse sido criada a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), na década de 70", defendeu.

A entrevista coletiva foi coordenada pela Rádio Nacional com a participação de mais 10 emissoras de todo o país.

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