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Pela primeira vez na história da Organização Mundial do Comércio (OMC), todos os grupos de países em desenvolvimento se reuniram nesta sexta-feira, em Hong Kong, para defender a liberalização agrícola e mecanismos que ajudem às nações menos desenvolvidas, como a ausência de cotas e imposto de importação nas compras de produtos de países pobres. Participaram do encontro o G-20, o G-33 (países em desenvolvimento que defendem proteção de uma parcela de bens agrícolas tidos como sensíveis), o ACP (ex-colônias européias da África, do Caribe e do Pacífico), os PMDRs (Países de Menor Desenvolvimento Econômico Relativo), o Grupo Africano e as Pequenas Economias.

A reunião trouxe uma importante vitória para o G-20, liderado por Brasil e Índia. Os grupos adotaram a proposta de se fixar, como data-limite, o ano de 2010 para a total eliminação dos subsídios às exportações. Também deixaram claro que não abrirão mão de uma redução significativa das subvenções domésticas concedidas aos produtores rurais americanos e europeus.

Esses países reclamaram do protecionismo das nações mais ricas do mundo e exigiram a remoção das distorções que inibem o crescimento de suas exportações. Reivindicaram medidas que assegurem seu desenvolvimento sócio-econômico de forma sustentável. E defenderam que, ainda na reunião ministerial da OMC, em Hong Kong, seja aprovada uma proposta de definição da categoria Produtos Especiais e do Mecanismo de Salvaguardas Especiais para os parceiros menos desenvolvidos.

"Os grupos reconhecem a importância de melhorias substanciais no acesso aos mercados dos países desenvolvidos para os produtos de interesse exportador dos países em desenvolvimento. Reconhecem também a necessidade de tratamento das preocupações dos países beneficiários de preferências", diz o comunicado divulgado nesta sexta-feira, após a reunião.

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