O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse nesta sexta-feira que o Brasil irá crescer "fortemente em 2006, muito próximo do crescimento de 2004". No ano passado, a economia registrou expansão de 4,9%.
Questionado sobre uma meta de crescimento para 2006, o ministro respondeu:
- Só temos metas objetivas para aquilo sobre o que podemos exercer algum tipo de controle. Não se pode ter meta de crescimento, mas podemos ter expectativas. Eu diria que estaremos muito próximos do cenário aberto em 2003 e 2004. Vamos ter um resultado muito próximo ao que tivemos em 2004.
Ao falar sobre as ações tomadas pelo governo no ano, Palocci repetiu por diversas vezes que as condições para que o crescimento aconteça estão dadas.
- Temos baixa inflação, condições de risco cada vez melhores, as contas externas estão como nunca, a renda real está crescendo, as vendas estão crescendo e o crédido aumentou durante todo o ano. Além disso, temos os empréstimos que as empresas tomam fora dos bancos. O que elas captaram com ações, debêntures, commercial papers e outras formas de auto-financiamento foi mais que o dobro do ano passado, em torno de R$ 70 bilhões, me disse o presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Esse conjunto indica um ano de forte crescimento - avaliou.
Ao falar sobre o crescimento menor que o estimado em 2005, ele explicou que a expansão da economia não é linear. Mas disse que é preciso observar uma tendência de crescimento, lembrando que em períodos anteriores, o país registrava um ano de crescimento seguido por outro de retração. Palocci também falou sobre a antecipação do pagamento do empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI), destacando que o Brasil não é mais um país dependente.
E frisou que todos os indicadores que estão sendo mostrados agora são fruto de ações tomadas pelo goveno:
- Colher uma inflação de 4,5% no próximo ano de 5,5% neste ano é um fruto que não é teórico. É um fruto que vai para o bolso do trabalhador. O nível de emprego esá melhorando e a renda média está crescento. São resultados objetivos.
Ao falar sobre exportadores que reclamam da apreciação do real, o ministro descartou qualquer tipo de controle do câmbio e disse que este tipo de recurso sempre foi prejudicial ao país. Ele afirmou entender a reclamação de alguns setores, como o têxtil, que não está mais protegido por um acordo de cotas que expirou neste ano. Mas ressaltou que, de maneira geral, as exportações dobraram.
Segundo Palocci, o governo vem estudando medidas alternativas ao controle cambial para estimular as exportações, como a melhoria dos mecanismos para a contratação de cambial e a redução da carga tributária.
- É importante verificar que o câmbio aprecia quando um país melhora porque é reflexo da renda do país e não devemos brigar contra melhoras. Querer escolher o valor do câmbio nunca deu muito certo.
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