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O prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), disse que mudou seu voto para o 'Não' depois de ter sido convencido por especialistas sobre os riscos dos desdobramentos em caso de vitória do 'Sim'.

- Em lugares onde a taxa de criminalidade é baixa, a proibição da comercialização de armas é mais factível. Mas em lugares com índices de violência elevados como o Rio de Janeiro, o uso da arma é necessário para a autodefesa - afirmou, ao chegar para votar no Hotel Intercontinental, em São Conrado, zona sul da cidade.

Em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que votou 'Sim' no referendo. Segundo ele, não adianta o cidadão comum ter armas. Ele destacou ser contra as pessoas se armarem, mas a vontade da população precisa ser respeitada.

- Acho que uma pessoa comum com uma arma na mão não dá segurança. Por isso votei "Sim". Agora, a vontade do povo é soberana - disse Lula, que votou na Escola Estadual João Firmino, ao lado da primeira-dama, dona Marisa Letícia, que também votou no "Sim".

O vice-presidente, José Alencar, decidiu não votar. Como tem mais de 70 anos, o voto para ele é facultativo. Alencar não votou porque, segundo a assessoria, estava com agenda cheia.

O prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), votou 'Sim'.

- Muita gente que votou 'Não' protesta contra as precárias condições de segurança no Brasil - disse o prefeito.

A governadora do Rio, Rosinha Matheus (PMDB), votou em Campos, no norte fluminense. Favorável ao desarmamento, ela classificou o referendo como um equivoco. Na opinião da governadora, que teve um irmão assassinado no final dos anos 70, em Campos, o governo federal não deveria ter colocado 'no colo do povo' uma decisão como essa e deveria dado formato de projeto de lei ao tema.

- Acontece que esse assunto é polêmico e mexe com o emocional das pessoas. Muita gente de bem, lógico, está votando no Não. Como governadora que tenho acesso a estatísticas, pesquisas e projeções, afirmo que o desarmamento agregado a um conjunto de outras medidas é necessário para acabar com a violência. Esse referendo, caso o 'Não' venha a vencer, estará dando uma sobrevida a um segmento que mata, o comércio de armas. Haverá um prazo de carência muito grande para o debate ser retomado e isso é preocupante - disse a governadora.

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