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Pistolinha d'água emprestada do vizinho. Até a última quarta-feira, resumia-se a isto o contato desta repórter com uma arma (que, no caso, nem de fogo era). O convite para um curso básico rápido de manuseio e tiro encarregou-se da apresentação: Patrícia – revólver calibre 38 spl (cano curto), pistola 380 acp e shotgun calibre 12. Como um carro estacionado, sobre o apoio da cabine do estande de tiro as armas pareciam não oferecer perigo algum. Aprender a atirar, aliás, lembrou muito uma aula de direção.

Devidamente equipada com óculos e protetores de ouvido, por questão de segurança, iniciou-se o contato repórter/arma. Como um aprendiz de auto-escola que ajusta banco e espelhos do carro, é preciso conhecer a posição correta das pernas, braços e da mão ao segurar o revólver e a pistola. Terminadas as instruções e simulações de posicionamento e mira, chega a hora de carregar o armamento. Mais que o cerca de um quilo de metal, pesa aí a responsabilidade de manejar um equipamento sabendo que um descuido pode ser fatal. Muita atenção para NUNCA apontá-la na direção de quem está por perto.

Mãos encaixadas, braços esticados e o dedo sempre fora do gatilho. Mira feita, dedo no gatilho. "Devagar e constante", é a orientação. A repórter atira!! E supera suas próprias expectativas – com a pistola, de mira mais precisa, chega a acertar a região central do alvo (é óbvio que não no primeiro tiro). O barulho é alto, mas não chega a ser assustador. O "tranco" com o disparo é imperceptível. "Não vire a arma!". Ui! A repórter, comemorando o desempenho, esqueceu de manter o revólver apontado na direção do fundo do estande. Como num carro, quem segura uma arma precisa estar atento em todos os seus movimentos e também a tudo o que acontece em sua volta. Talvez, também como num carro, a prática torne mais natural certas reações. Mas uma aula rápida é pouco para afirmar isto com certeza.

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