O paranaense Eduardo Ribas Fontana conseguiu uma bolsa do programa Chevening logo na primeira vez que tentou. "O governo britânico tem uma das bolsas mais geniais existentes hoje em dia. Ela dá mais suporte aos estudantes. Conheço gente que ganhou a bolsa Fullbright dos EUA e a Chevening e optou ir à Inglaterra", conta. Fontana lembra que o programa paga até 15,7 mil libras por ano aos bolsistas, para custeio de estudos, dinheiro para gastos extras, livros e ainda roupas de inverno.

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"Eu preparei muito bem o material de aplicação e fiquei pensando no que poderiam me perguntar na hora da entrevista. Você tem que mostrar que tem boa vontade, quer estudar mesmo e depois voltar para o Brasil. Tem que ter o perfil que eles querem, porque depois você se torna um ‘embaixador inglês’", explica.

Fontana se formou em Engenharia Civil pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e depois fez uma especialização em Administração na FAE, outra especialização em Planejamento e Gerenciamento Estratégico e depois um mestrado em Engenharia de Produção, ambos na PUC-PR. Na Inglaterra, o engenheiro fez um mestrado em Análise, Projeto e Gerenciamento de Sistemas de Informação na London School of Economics (LSE).

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"Na LSE estudaram nada menos do que 30 chefes de estado. A universidade ganhou 10 prêmios Nobel de Economia, que começaram a ser dados há 45 anos. Quando eu estava lá, vi palestra do presidente Lula, do Fernando Henrique Cardoso, do presidente da Índia, do Bill Clinton, do presidente da Colômbia, do presidente da ONU e de executivos de grandes empresas", conta Fontana, lembrando que a instituição aparece no ranking de melhores universidades do mundo feito pelo jornal britânico The Times.

O engenheiro conta que a biblioteca da LSE possui cerca de 4,5 milhões de volumes, ou seja, é a maior biblioteca dedicada às Ciências Sociais do mundo. Na universidade, 90% dos estudantes eram de 155 países diferentes. "Para ser líder, é preciso aprender a lidar com as sutilezas de cada cultura e com essa experiência na Inglaterra eu aprendi muito", diz.

Fontana se diz um apaixonado pela Inglaterra e seu povo. Antes considerados frios, os ingleses foram descobertos como pessoas ultra-civilizadas e educadas. "Londres é uma das capitais do mundo. Tem uma história riquíssima e é realmente cosmopolita. As melhores peças de teatro e os melhores musicais estão lá, existem vários museus com coleções muito interessantes onde você pode entrar de graça", conta.

"Aconselho a todo mundo: se puderem, vão para a Inglaterra. Lá eles te ensinam a aprender, a se virar, assim você continua pesquisando, se reciclando", fala Fontana. Depois de pintar um quadro tão bom do país, era de se esperar que ele quisesse ficar por lá. Mas não é bem assim. "O Brasil é um país muito bom, que dá oportunidades para quem corre atrás. Acho que a gente tem bastante coisa para fazer aqui", finaliza.

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