O pecuarista André Mueller Carioba, da Fazenda Cachoeira, em Santo Sebastião da Amoreira, região Norte do Paraná, vai entrar na Justiça com pedido de liminar para abater 1.300 cabeças de gado e vender normalmente a carne. Os animais, segundo o proprietário, estão prontos para o abate e, em 15 dias, acaba a ração e a disponibilidade de áreas de pastagem. As informações são da repórter Mariana Londres, que entrevistou o pecuarista com exclusividade para a Gazeta do Povo.
Depois que o Ministério da Agricultura (Mapa) confirmou a existência de um foco de febre a aftosa na propriedade, o local foi interditado e isolado com barreiras sanitárias. Carioba disse que foi "escolhido" pelo Mapa por ser o maior comprador do gado que veio do Mato Grosso do Sul e foi leiloado em Londrina. Ele voltou a afirmar que nenhum dos animais de sua fazenda possui os sintomas da doença. A existência da febre aftosa, anunciada no dia 6, também é contestada pelo governo do estado.
O proprietário da Fazenda Cachoeira afirma que os exames deram positivo por causa das vacinas tomadas pelos animais. Seria o efeito da vacina que acusou os anticorpos. Ele conta que os animais engordaram 65 quilos em média e nunca apresentaram nenhum sintoma da doença. Também tem bezerros que não foram vacinados e estão junto do gado sob suspeita. "Se tivessem aftosa, já estariam mortos", afirma. Ele diz que não se sente vítima e que a verdadeira vítima da confusão da aftosa no estado é todo o Paraná.
Leia a entrevista com André Mueller Carioba na Gazeta do Povo