O coordenador do Viva Rio, Rubem César Fernandes, disse que a frente do "Sim" não vai sair desmoralizada com a derrota para o "Não" no referendo que decidiu pela manutenção do comércio de armas de fogo no país. No Viva Rio, onde cerca de 150 pessoas foram acompanhar a apuração do resultado, o clima era de tristeza. Algumas pessoas choraram quando a vitória do "Não" foi anunciada na TV. Segundo Rubem César, os milhões de pessoas que votaram "Sim" representam uma força sólida e coerente contra o desarmamento:
- O "Não" teve uma estratégia inteligente de marketing político porque atraiu o não a muitas coisas: o não ao referendo (não vai adiantar nada), o não ao governo (o governo quer o sim), às instituições públicas (não funcionam), à polícia (não me protege) e à desigualdade. O não conseguiu reunir uma insatisfação generalizada. Mas o "Sim" é homogêneo, coerente e forte. Perdemos ganhando. No mundo todo, há uma tendência ao armamento da população. Aqui, mesmo diante dessa violência toda, o sim ao desarmamento mostrou a sua força.
Para Rubem Cesar, a corrupção política e a segurança pública são os dois grandes temas que vão dominar o debate público em 2006:
- Vivemos este ano um trauma de corrupção que até prejudicou muito o "Sim". O debate sobre a segurança pública, que não se tornou prioritário no debate nacional nas eleições passadas, vai dominar o cenário em 2006. Ele vai condicionar a luta política daqui pra frente.
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