O gerente executivo da área de Marketing e Comercialização da área de Gás e Energia da Petrobras, Rogério Manso, esclareceu que o reajuste de gás para as distribuidoras que utilizam o produto boliviano ficará abaixo de 12% a partir do ano que vem, incluindo a tarifa de transporte, sem impostos.
A regra vale para as empresas localizadas nas regiões de São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. As distribuidoras de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina optaram pelo mecanismo de compensação da tarifa de transporte e terão esse reajuste amenizado, em parte, pela redução de preço desta taxa.
Nesta terça-feira, o comissário-chefe do grupo técnico e de concessões da Comissão de Serviços Públicos de Energia (CSPE), Zevi Kann, havia contado ao Globo Online que a estatal teria enviado às distribuidoras uma notificação sobre a intenção de reajustar o gás em 14%. A Petrobras nega o envio de qualquer correspondência.
Kann estimou ainda que o impacto para o consumidor de São Paulo poderia ser de 4% para indústrias e de 7% para veículos. A Petrobras ressalta que este repasse de preço dependerá de cada integrante da cadeia de distribuição (distribuidora e postos), de aspectos regulatórios específicos das diferentes áreas de concessão e da participação do custo do gás no preço de cada segmento.
Manso explica que o preço do gás boliviano é reajustado trimestralmente, para cima ou para baixo, em função de uma cesta de óleos no mercado internacional. Ele sofre alteração tanto na compra da peloa Petrobras da YPFB quanto na venda da estatal brasileira às distribuidoras.
Ele também esclareceu que o reajuste é feito em dólares e leva em conta as cotações registradas até o final do trimestre em questão. Portanto, o percentual exato do reajuste será definido apenas a partir do início de janeiro. Esta metodologia consta dos contratos de compra da Petrobras com a YPFB e das distribuidoras com a Petrobras.
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