Os preços do petróleo voltaram a ter novo recorde nesta quarta-feira, subindo quase US$ 2. O contrato do U.S. Light americano teve alta de US$ 1,83, fechando cotado a US$ 64,90. No pico do dia, a commodity chegou a ser negociada a US$ 65,05, o maior valor da história do petróleo segundo informações da CNN Money. Já o Brent chegou a alcançar US$ 64,06, para depois fechar a US$ 63,99.
Assim que o governo americano divulgou um aumento inesperado nos estoques de petróleo cru do país, no início da tarde, os contratos recuaram.
Operadores, no entanto, logo voltaram suas atenções para aspectos geopolíticos e as cotações dispararam. Fadel Gheit, um analista da Oppenwheimer, disse que o aumento das tensões entre o Irã e os Estados Unidos sobre o uso de instalações nucleares é um dos fatores que impulsionam os preços nesta quarta-feira.
- O fator medo está definitivamente voltando ao cenário - disse, referindo-se à possibilidade de os Estados Unidos usarem a força contra o país.
Segundo ele, se isto coincidir com a chegada de novos furacões, a queda da temperatura ou algum erro no cálculo de demanda e oferta, os preços poderão ficar muito maiores.
Os estoques de petróleo comercial nos Estados Unidos subiram 2,8 milhões de barris, para 320,8 milhões de barris. Segundo a EIA, os dados colocam os estoques "comodamente" acima da média para este período do ano.
O crescimento dos estoques contrastou com as previsões de queda e ocorreu no momento em que as importações aumentaram em 101 mil barris por dia, a 11,1 milhões de barris por dia, o segundo nível mais alto já ocorrido.
A demanda de petróleo registrada pelas refinarias também teve redução de 64 mil barris por dia a quase 16 milhões de barris por dia, diante de uma série de fechamentos de refinarias na costa americana do Golfo do México e do meio-oeste do país.
O EIA informou ainda uma queda dos estoques de gasolina de 2 milhões de barris durante a semana passada devido à forte demanda durante o verão nos Estados Unidos.
Analistas consultados pela agência Reuters previam uma baixa de 1,9 milhões de barris.
Os estoques de derivados mostraram uma alta maior do que a esperada de 2,6 milhões de barris, o 12º aumento consecutivo.