Como as universidades têm até o fim do ano para divulgar os mestrados e doutorados na internet, conforme portaria do MEC, o plágio é outra questão que divide opiniões dos pró-reitores das instituições de ensino no Paraná. Para alguns, a visibilidade das dissertações de mestrado e das teses de doutorado na internet vai facilitar a descoberta de possíveis imitações. "Os professores poderão acessar com bastante rapidez e segurança aos conteúdos, tornando fácil a identificação de um trabalho copiado. A situação de não divulgação desses conteúdos, ai sim é um retrocesso", opina o coordenador de Mestrado e do Núcleo de Pesquisa da UniFae (Faculdade de Administração e Economia), Christian Luiz da Silva.
A opinião é endossada pelo professor Mário César Lopes, pró-reitor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). "Essa iniciativa faz parte da necessidade de visibilidade das pesquisas desenvolvidas nas universidades. A divulgação desses conteúdos vai medir o grau de acerto e utilidade das dissertações e das teses", completa. Para Lopes, buscar por medidas que impeçam a cópia de trabalhos não é a solução. "Obrigatoriamente, todos os mestrados e doutorados estão disponíveis nas bibliotecas das universidades. Ou seja, fechar a informação na internet não vai evitar o plágio. Quem quiser agir de má fé pode ir até a biblioteca e copiar. Porém, o benefício da divulgação é maior do que o mau uso, disto eu estou certo", assegura o pró-reitor.
Já o diretor de Pós-Graduação da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Benjamin de Melo Carvalho, acha que a busca por formas de proteção de conteúdos ainda é válida. "Devemos encontrar mecanismos para dificultar a ação de pessoas mal-intencionadas. Contudo, isso não significa que devamos deixar que isso influa na publicação de teses e dissertações", confirma o diretor.