Anos atrás, os graduados em cursos superiores eram pessoas especiais dentro da sociedade. “Hoje, a oferta de cursos de graduação é grande e ter um diploma não diferencia ninguém”, diz o professor Antonio Raimundo dos Santos, diretor de educação do ISAE-FG. Como resposta a isso, mudou a oferta de pós-graduação, que agora é abundante. Além do mais, diz o professor, “finalmente, no Brasil, estamos considerando conhecimento como ferramenta de trabalho.”
Fala-se em carreiras em “Y”, quando graduados em uma área fazem pós em outra e atuam em algo que não está diretamente correlacionado com a formação que trouxeram da faculdade. O próprio professor Antonio Raimundo é um exemplo da carreira em Y, já que se formou em filosofia e fez doutorado em engenharia de produção. “Essa formação não linear é comum e até aconselhada.”
E qual o momento de fazer uma pós? “A ideia é que você tenha diversas fases ao longo da vida”, diz o professor Raimundo. “A pós entra para prepará-lo para uma nova fase ou para te dar acesso a ela”. As “fases” não são decorrência apenas das alterações no mercado de trabalho. Elas acompanham o desenvolvimento do indíviduo, conforme ele vai se conhecendo melhor.
A ideia é que você tenha diversas fases ao longo da vida. A pós entra para prepará-lo para uma nova fase ou para te dar acesso a ela
EAD
A formação lato senso tende a ter maior foco na aplicação prática dos conceitos e por isso é utilizada para melhorar a atuação profissional. São cursos fortemente estruturados para que o aluno saiba exatamente quando estará habilitado e receberá o certificado. O reitor da Uninter, professor Benhur Gaio, explica que isto é importante porque não raro o aluno precisa do certificado para uma promoção.
Na Uninter, um curso lato senso presencial pode ser ministrado duas noites por semana ou aos sábados a cada 15 dias. “Ele aumenta a qualificação para uma atividade profissional. É 70% prático”, diz o reitor. O aluno vai adquirindo novas competências conforme fecha os módulos. Na modalidade semipresencial, a proporção entre teoria e prática depende da natureza do curso.
O ensino a distância (EAD) é muito buscado por pessoas que vivem em uma cidade onde não há oferta do curso desejado. As provas são presenciais e aplicadas no polo mais próximo do local onde o aluno mora. O professor Benhur alerta que não se deve entender o curso a distância como sendo mais rápido que o presencial. “Não dá para pular etapas, é preciso respeitar o amadurecimento do conteúdo”, diz.
Avança rapidamente aquele que já tem atividade profissional e vê a possibilidade de aplicar o que está sendo dado nas aulas
No caso do EAD da Uninter, são propostas seis horas de estudo semanal e, como em qualquer formato de curso, pular um conteúdo atrapalha. Para que o estudante não se disperse ou se desorganize, o curso segue “rotas de aprendizagem”. A tutoria online é usada para sanar dúvidas.
Como na formação presencial, o comprometimento do estudante é que determina o sucesso da aprendizagem. Algum nível de experiência prática também faz toda a diferença. “Avança rapidamente aquele que já tem atividade profissional e vê a possibilidade de aplicar o que está sendo dado nas aulas”, diz Benhur Gaio.
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