O preço da cesta básica caiu em setembro em 12 das 16 capitais pesquisadas mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor subiu nas três capitais da região sul e em Belém (PA). Os aumentos foram de 1,82% em Florianópolis; 0,90% em Curitiba; 0,43% em Porto Alegre e de 0,12% em Belém. Com a alta, a capital gaúcha voltou a ter o maior preço do país para os alimentos básicos, de R$ 173,60.
As maiores quedas foram registradas em Natal (-4,46%) e Salvador (-4,02%). Em São Paulo, o preço médio caiu 1,59% no mês passado e ficou em R$ 172,34. Nos últimos 12 meses, a queda acumulada é de 3,38%. No Rio de Janeiro o preço caiu 1,67% e o valor da cesta foi de R$ 161,79. No ano, os preços dos produtos básicos para os cariocas caíram 2,17%. No ano, a redução foi de 5,67%.
Os menores preços entre as capitais pesquisadas foram verificados em Salvador (R$ 128,20), João Pessoa (R$ 130,07) e Recife (R$ 130,22).
A cesta básica leva em conta as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas, formada por dois adultos e duas crianças. Com base neste cálculo, o Dieese estima o valor do salário mínimo necessário para atender a essas necessidades. Em setembro, o salário mínimo deveria ter sido de R$ 1.458,42 - ou seja, 4,86 vezes o mínimo vigente, de R$ 300,00.
De janeiro a setembro, sete capitais apresentam queda no preço e outras nove registram aumento. As quedas variam de 0,15% (Natal) a 5,92% (Brasília) e os aumentos entre 0,08% (São Paulo) e 6,18% em Fortaleza.
Os produtos que apresentaram redução de preço na maioria das capitais são tomate, arroz, feijão, óleo de soja, açúcar, banana, leite, manteiga e café. A batata, cujo preço é pesquisado em nove capitais, registrou queda em todas elas.
O pão foi o único produto com alta na maioria das cidades em setembro. As elevações ocorreram em oito capitais, entre elas Belém, 4,13% e Recife, 2,26%. Na capital paulista o preço do pão francês deve cair, já que o governo do estado anunciou reduções de ICMS para a farinha de trigo. No mês passado, porém, o pão francês teve alta de 0,60% e a farinha de trigo de 1,65%.
