Apesar da possibilidade de controle de gastos oferecida pelos planos pré-pagos, nem sempre eles são as melhores opções para os usuários de telefone celular. Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor Pro Teste, com sede no Rio de Janeiro, analisou 530 planos oferecidos por operadoras de todo país, e revelou que, em alguns casos, o mesmo tempo de ligações pode custar o dobro para um usuário de telefone pré-pago, em relação a um de plano com conta.
Segundo a pesquisadora da Pro Teste Priscila Gravitol, que coordenou o estudo, o preço médio de um minuto de ligação nos planos pós-pagos é de R$ 0,56. Já nas opções pré-pagas, ele chega a custar R$ 1,15. Apesar da diferença, 81% dos usuários de telefone móvel usam esta opção, segundo levantamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). "Vale a pena o consumidor avaliar se, de fato, não é vantajoso migrar para um plano pós", sugere a pesquisadora.
Para fazer o estudo, a Pro Teste definiu três perfis de usuários e, para cada um deles, pesquisou planos com diferentes franquias de minutos. Um consumidor paranaense que não faça chamadas interurbanas, por exemplo, pagaria R$ 67,03 valor da Sercomtel Celular, que opera apenas na região de Londrina, no Norte do estado por 90 minutos falados pelo sistema de conta. Se a opção for um pré-pago, o valor chega a R$ 117,09 na mesma operadora.
Para economizar e não perder a vantagem do controle de orçamento, todas as operadoras que atuam no Paraná já oferecem limitadores de valor de conta. O consumidor tem a opção de optar por um plano pós-pago, em reais ou minutos, mas estipular o valor máximo que pode pagar", explica Priscila. "Depois dele, a operadora pode, a pedido do usuário, bloquear o telefone para realizar ligações." Utilizando planos mistos, depois de atingido esse teto, o usuário pode também abastecer com créditos pré-pagos seu aparelho e voltar a fazer ligações sem se perder nas contas.
Na comparação entre os diversos planos, com ou sem conta, Claro, Vivo, Brasil Telecom, Tim e Sercomtel se alternam como a opção mais barata. É preciso definir o tempo de uso para avaliar a mais econômica. Para falar 120 minutos (perfil 2), por exemplo, o pacote mais econômico é o da Claro (R$ 83,63). Já para 225 minutos (perfil 3), a melhor escolha é o plano da Brasil Telecom (R$ 104,40).
Como fazer a escolha certa
O primeiro passo para acertar na escolha do plano, segundo a pesquisadora, é a definição do perfil. Para isso, a Pro Teste sugere quatro questionamentos: quantas chamadas o usuário faz em média por dia; quanto tempo elas duram, qual o destino (local, DDD ou DDI) e para que tipo de telefone (fixo, móvel para a mesma operadora ou para as demais).
Uma quinta variável deve ser considerada para alguns planos: o horário das chamadas. Em alguns casos, há diferenciação de preços em horário reduzido (das 21h às 7h) ou normal. "A maioria dos planos, no entanto, não fazem essa distinção. É preciso observar." Vale lembrar ainda, que a pesquisa não considerou planos promocionais, normalmente ofertados em datas comemorativas. Também não foram analisados pacotes para grupos (como família ou empresário), que em alguns casos podem ter valores interessantes.
Serviço: A pesquisa completa e as tabelas de preços estão disponíveis no site da Pro Teste (www.proteste.org.br).
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