Os estabelecimentos de criação de bovinos das propriedades de Amaporã, Loanda, Grandes Rios e Maringá, Noroeste do estado, estão temporariamente proibidos de vacinar o gado contra a febre aftosa. A medida continua até que sejam concluídas as análises dos animais sob suspeita e sob investigação. Além das quatro propriedades, a determinação vale para as propriedades vizinhas num raio de 10KM.

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A determinação é da Divisão de Defesa Sanitária Animal (DDSA) e tem como objetivo não permitir a interferência da vacina nos resultados do exame sorológico. "Se o boi for vacinado, a presença de anticorpos ao vírus pode ser causada pela própria vacina ou pelo contato com a doença, permanecendo a dúvida", explicou a responsável interinamente pela DDSA, a médica veterinária Marisa Koloda.

Na terça-feira (1), o Paraná recebeu do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), em Belém do Pará, um laudo com resultados parciais do exame das primeiras amostras enviadas. O laudo não é conclusivo e revelou, segundo o vice-governador, Orlando Pessuti, que das 732 amostras analisadas, só 69 poderiam estar com a febre aftosa.

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De acordo com Marisa, é necessário exames complementares para de fato chegar à conclusão sobre a presença ou não da doença no estado. "Precisamos dos resultados da pesquisa viral, quando as amostras são purificadas. Se for observado a multiplicação do vírus, é sinal de que o gado está doente", informou.

Campanha

Apesar da proibição, na terça-feira Pessuti esteve no lançamento da segunda etapa de vacinação contra a aftosa. De acordo com Marisa, a perspectiva da DDSA é que 100% do gado do estado seja vacinado, cerca de 11 milhões de cabeça. A campanha vai até o próximo dia 20.

Procedimentos

O resultado desta pesquisa viral pode sair nos próximos dias ou no início da próxima semana. Se o gado paranaense estiver doente, o procedimento, de acordo com o protocolo da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), é de sacrificar os animais nas propriedades suspeitas, assim como o estado do Mato Grosso do Sul está fazendo.

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Caso o resultado seja negativo, a DDSA pretende manter o monitoramento no estado e averiguar o motivo que levou a suspeita da febre aftosa no Paraná.