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Escolha da pós

Qualidade da instituição e corpo docente devem ser bem avaliados

Dentre os questionamentos de início do ano, repensar a vida profissional é uma das mais importantes. Se a escolha for pela pós-graduação, qualidade da instituição, currículo e corpo docente devem ser bem avaliados. Com uma decisão desse tipo em mente, o engenheiro industrial eletricista Edemilson Antonio Coltro, de 42 anos, ingressou num MBA em Gestão Estratégica de Negócios, curso de 600 horas que levou quase dois anos para concluir. Fez porque, mesmo com uma tendência nata à gerência, precisava parar e se aperfeiçoar.

"Passados 15 anos de formado senti que estava desatualizado, e assim busquei fazer uma pós nas sextas e sábados", lembra o engenheiro, que percorre toda a América Latinha atendendo seus clientes. Hoje ele acha que não deveria ter esperado tanto para voltar aos bancos da universidade. "Apesar de ter uma boa bagagem teórica e prática, faltava saber mais de informática e de questões processuais", relata Coltro, que é diretor da empresa GMV Latino America Elevadores Limitada, de matriz italiana.

De acordo com Daniel Guimarães Pereira, coordenador dos cursos de especialização e aperfeiçoamento da Escola de Negócios da PUCPR, são justamente os cursos da área de gestão os mais procurados, principalmente por profissionais de outras formações, pois servem como ferramentas especificas para aprofundar conhecimentos ou abrir um campo mais amplo de atuação. "Se a graduação foi feita numa escola não tão boa, agregar uma boa especialização ao currículo pode ser o grande diferencial", ressalta Pereira.

Mas além do ganho em conteúdo, a rede de relacionamentos que se forma num curso de especialização também é fator importante na formação. Matricular-se numa escola de primeira linha pode colocar a pessoa em contato com profissionais de destaque, diferente da graduação, quando se está em início de atividade.

Os resultados saltam a olhos vistos. Desde o primeiro ano da especialização, o engenheiro Coltro sentiu os ganhos em produtividade, intensificando aquilo que era aplicado de forma correta e fazendo acertos nas outras que não iam tão bem, tanto que pensa em fazer outro curso. "Quero entrar em outra especialização, mas na área financeira, principalmente para aperfeiçoar minha visão sobre investimentos", finaliza. Investir no currículo é retorno garantido!

Mercado de trabalho

Para a psicóloga e diretora de educação corporativa da Associação Brasileira de Recursos Humanos, seção Paraná, Maria Júlia Trevisan, o aluno com especialização tem mais chance de ingresso no mercado de trabalho. Para todos os cargos, excetuando os de assistente e auxiliar, ela já é um pressuposto. "Esses cursos estão adequados ao mercado, ao contrário das graduações, que têm currículos engessados", diz ela.

Maria Júlia explica que a empresa vê no título a inquietação do candidato e o caminho que quer seguir, mas que o ideal é ter um projeto consistente de conclusão, que apresente soluções para algum problema. "Não importa tanto o conteúdo, mas sim, a excelência da metodologia utilizada", diz ela. A especialização, segundo Maria Júlia, faz crescer a chance da pessoa ser contratada, mas não significa salários mais altos no ingresso do profissional. "O ganho é mais pra frente, a experiência ainda é o que pesa mais nesse sentido".

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