As recentes reduções da Selic - hoje em 18,5% ao ano - feitas pelo Banco Central ainda têm pouco reflexo para o consumidor final. Pesquisa do banco mostra que, em outubro, a taxa média geral de juros cresceu 0,1 ponto percentual em relação a setembro, para 48,2% ao ano. Especificamente para pessoas físicas, a taxa ficou em 61,7% ao ano, redução de 0,4 ponto no período, e para empresas, em 33,4% anuais (0,1 ponto a mais).
- Pode-se dizer que o efeito da Selic já começou e a tendência é de aumentar - afirmou o chefe-adjunto do Departamento Econômico do BC, Luiz Malan.
O volume total de operações de crédito no país, no mês passado, somou R$ 575,6 bilhões, 2% a mais do que em setembro. Levando-se em consideração apenas os créditos com recursos livres (com taxas de juros de mercado), as operações somaram R$ 330 bilhões, R$ 6,7 bilhões a mais do que no mês anterior. Esses números são uma estimativa do BC, uma vez que esta é a primeira vez que a instituição utiliza nova metodologia de cálculo, incluindo as operações com cooperativas. De acordo com Malan, isso acrescentou cerca de R$ 16 bilhões.
Nos dez primeiros dias úteis de novembro, adiantou o executivo, o volume de crédito já apresenta crescimento de 1,5%, indicando manutenção do ritmo de expansão.
As operações de crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) fecharam outubro, segundo estimativa do BC, com R$ 31,002 bilhões, 2,5% a mais do que o mês anterior. A taxa média de juros desse produto ficou em 37,2% ao ano, mesmo patamar desde maio passado.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”