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Estudar fora

Quer fazer pós-graduação no exterior? Saiba por onde começar

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(Foto: Pixabay/)

O mercado exige cada vez mais de você e uma pós-graduação no exterior seria um diferencial e tanto no currículo, não é mesmo? O problema é que há tantas regras e peculiaridades nos processos seletivos internacionais - além dos preços dos cursos - que sua motivação acaba morrendo naquela incômoda pergunta: por onde eu começo?

Aqui, você confere algumas dicas de especialistas sobre o assunto que vão dar um empurrãozinho para esse grande projeto da sua carreira.

Entenda seu perfil, escolha seu destino

O interessado deve saber aonde quer chegar. Precisa ter certeza, por exemplo, se seu foco são os negócios, a pesquisa ou apenas um aprimoramento teórico. Isso vai dizer qual a melhor opção de curso. E elas são inúmeras.

Lá fora, a pós pode ter classificações diferentes das do Brasil. Conforme explica o fundador da YES Intercâmbio, Diogo Rodrigues, há desde mestrados voltados para o mercado a MBAs direcionados para a pesquisa. Segundo o especialista, o primeiro passo para se chegar à melhor conclusão é ancorar seus propósitos em questões básicas, como “Em que lugar me vejo morando? Quanto tempo eu tenho? Quando quero começar? O que quero cursar? A partir daí, as coisas se tornam um pouco mais fáceis.

A duração dos cursos varia bastante. Diogo explica que, enquanto existem opções de oito a 12 meses, há as que podem chegar a quatro anos. Os preços também mudam muito. No Canadá, é possível encontrar cursos por 12 mil dólares, o ano. Nos Estados Unidos, o destino buscado por 27% dos candidatos, segundo a da Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais (Belta), é possível pagar a partir de 28 mil dólares pelo mesmo período.

Segundo Diogo, há ainda opções mais baratas em outras regiões. Na Áustria, por exemplo, quem domina alemão o suficiente para assistir aulas na língua pode se candidatar a cursos que chegam a custar em torno de 3 mil euros.

Para os que ficaram desanimados com o preços, eis uma boa notícia: há instituições e governos que oferecem bolsas. É possível encontrar oportunidades em todo o mundo.

Faça buscas

A internet é um verdadeiro celeiro de informações sobre estudos no exterior. Mas é preciso saber pesquisar. Para fugir da burocracia e terceirizar parte dos detalhes de cada processo seletivo, muita gente recorre ao apoio de agências de intercâmbio especializadas. E não é raro que estas empresas realizem eventos para tirarem dúvidas de interessados no assunto.

Mas dados não faltam a quem quer buscar oportunidades por conta própria. Dá para ficar de olho nos calendários das universidades e se familiarizar com os editais. Também há várias instituições que divulgam processos seletivos para bolsas. A Fundação Estudar é uma delas. Fundada em 1991, o grupo concede bolsas para alunos brasileiros realizarem mestrado e doutorado em outros países. Outro bom exemplo é a Fundação Lemann, que custeia estudos em Harvard e Stanford.

Também há fundações internacionais, como a Tempus, da Hungria, a Carolina, na Espanha, a Beca, no México, além de programas oficiais de vários países, como o da Nova Zelândia.

Muitas universidades brasileiras também mantém convênio com instituições estrangeiras. É interessante verificar quais delas viabilizam essa possibilidade.

Prepare-se para a burocracia

Correr atrás da documentação é uma das fases mais difíceis do processo todo. O candidato precisa verificar a validação no exterior do diploma obtido no Brasil e descobrir se o título obtido lá fora vale aqui.

Outro passo importante é averiguar questões relacionadas a visto, seguro e, claro, aos materiais de ingresso solicitados pelas instituições estrangeiras.

De acordo com a editora do portal Estudar Fora, da Fundação Estudar, Nathalia Bustamente, o que, em geral,as universidades mais pedem dos candidatos são histórico acadêmico, carta de motivação, testes de raciocínio lógico, como o GRE, e exames de proficiência em inglês, como o TOEFL e o IELTS.

Estude

Nathalia orienta que o candidato comece a estudar o quanto antes para esses testes mais comuns nos processos seletivos internacionais. Ela esclarece que estas provas têm sempre o mesmo padrão, por isso, treinar as questões e resolvê-las mais de uma vez é ideal para compreender o modelo de avaliação e se destacar.

Outra dica da editora é se preparar para defender seu currículo, acreditando no próprio potencial. “A universidade precisa sentir que você tem muito a oferecer a ela”, diz.

Comece a economizar

Conforme explica Nathalia, há ofertas de bolsas para os mais diversos perfis . É possível concorrer a benefícios dirigidos a determinados setores, como o de tecnologia ou ciência, a mulheres e outras minorias sociais focadas no empoderamento e a pessoas de baixa renda.

Algumas instituições custeiam apenas o curso, outras, todas as despesas do estudante. De uma forma ou de outra, é necessário juntar dinheiro. Qualquer experiência internacional envolve gastos fora da curva, então, é essencial cunhar um planejamento minucioso.

Nessa empreitada de controle financeiro, trabalhos para ganhos de renda extra e o apoio de planilhas virtuais podem ajudar bastante. A Bovespa oferece um modelo de planejamento, que pode ser baixado gratuitamente. Que tal já começar a se organizar?

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