O secretário-adjunto da Receita Federal, Ricardo Pinheiro, disse nesta quinta-feira que é remota a possibilidade de o governo reduzir a alíquota máxima do imposto de renda da pessoa física de 27,5% para 25%. Segundo ele, isso seria uma medida que só beneficiaria a elite.
- A hipótese de manter a alíquota máxima em 25% é remota. No mínimo seria uma medida elitista de acordo com a realidade brasileira - disse Pinheiro, ao participar de seminário sobre administração tributária que está sendo realizado no Congresso.
Segundo Ricardo Pinheiro, a tendência do governo é usar a folga orçamentária de R$ 2,9 bilhões, já que ela não foi prevista no orçamento, para desonerar o setor produtivo. Pinheiro disse que esse dinheiro seria suficiente para desonerar todo o PIS e Cofins cobrado sobre bens de capital. O secretário observou que o dinheiro parece muito, mas, dependendo de onde for alocado, o efeito pode ser pífio.
De acordo com ele, embora se fale em correção da tabela do imposto de renda, a Receita ainda não está discutindo o assunto. Ele também observou que há várias hipóteses para uso da folga provocada pela manutenção da alíquota máxima do IR em 27,5%, como o aumento do salário-mínimo e a própria correção da tabela do IR.
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