Atualizado às 18h15
O governador do Paraná Roberto Requião disse nesta quinta-feira (8) durante visita à 26.ª Feira Agropecuária Expovel em Cascavel, no Oeste do estado, que o Paraná vai entrar com ações judiciais contra o Ministério da Agricultura, que confirmou haver um foco da febre aftosa no estado. A informação foi publicada no site de notícias do governo do estado.
O motivo, segundo Requião, é a "irresponsabilidade" de continuar considerando o Paraná foco de aftosa, após os resultados negativos dos exames que vêm sendo realizados. "O Paraná está pagando por erro e irresponsabilidade do Ministério da Agricultura. Nós estamos conversando com o governo federal e vamos até as últimas conseqüências porque este assunto não é brincadeira", afirmou o governador.
Segundo Requião, o Paraná está vacinando os seus rebanhos há dez anos e, durante todo este período, não houve uma ocorrência de aftosa no estado porque o gado vem sendo vacinado com rigor.
Ele disse ainda que com muita prudência o governo mandou analisar seus rebanhos e que o Ministério da Agricultura teve 45 dias para fazer as análises e testes celulares com cuidado necessário.
"Os resultados foram negativos e não há aftosa no Paraná. O que existe é irresponsabilidade do Ministério da Agricultura no Brasil", completou Requião.
ProvidênciasApós ser notificada oficialmente sobre a descoberta do foco em São Sebastião da Amoreira, Norte do Paraná, a Secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab) encaminhou, nesta quinta, aos técnicos do núcleo regional de Cornélio Procópio, Norte, algumas providências para isolar a propriedade.
Segundo a assessoria da Seab, a reposição das barreiras sanitárias impedindo a movimentação dos animais e a delimitação, num raio de dez quilômetros da propriedade da área de risco, são algumas das providências.
A expectativa é que o vice-governador e secretário da Agricultura do Paraná, Orlando Pessuti, anuncie as providências que serão tomadas pela Seab. A posição do secretário, antes de ser notificado oficialmente sobre o foco, é que o Paraná não iria fazer o abate sanitário.
Se o governo mantiver a posição, ou seja, decidir pelo abate sanitário, em frigoríficos, apenas dos animais com sintomas, com o aproveitamento da carne, o estado só recuperaria o status de área livre de aftosa com vacinação em um ano e meio.
Se a decisão for pelo abate sanitário de todo o rebanho da propriedade, independente do número de cabeças contaminadas, levaria o estado a recuperar o status em seis meses. Para isso é necessário que o gado abatido seja enterrado na própria propriedade para evitar o contato com outros animais.
Confira o que as entidades envolvidas pensam sobre a confirmação do foco no PR.
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