O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, convocou assessores e técnicos do ministério para discutir medidas imediatas de controle e combate à febre aftosa. Novos focos da doença foram confirmados na sexta-feira em rebanhos do Paraná. Antes dessa nova descoberta, a doença estava restrita a rebanhos bovinos do Mato Grosso do Sul.
Em nota publicada no Diário Oficial deste sábado, o Estado de São Paulo proíbe a entrada de carne do Paraná. A medida é preventiva e foi adotada por causa da suspeita de ocorrência de febre aftosa no estado vizinho. A decisão foi tomada depois de encontro dos secretários de agricultura dos dois estados.
São Paulo já havia proibido entrada de carne do Mato Grosso do Sul, com o anúncio dos primeiros focos da doença, mas depois criou corredores sanitários para a entrada da carne do estado, exceto a dos municípios onde a ocorrência de febre aftosa foi localizada.
O governo de Santa Catarina bloqueou novamente o ingresso e a passagem de todos os produtos e derivados de origem animal, grãos e frutas provenientes do Paraná. A decisão do secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Moacir Sopelsa, foi tomada por volta de 18h desta sexta-feira, assim que foi comunicado da ocorrência pelas autoridades do Paraná.
O secretário foi informado de que casos da doença foram registrados nos municípios de Maringá, Toledo, Loanda, Amaporã e Grandes Rios, no Norte do Paraná, próximo à divisa com o Mato Grosso do Sul.
Santa Catarina havia proibido a passagem de produtos de origem animal e vegetal no dia 8 de outubro, a partir da notícia de focos da doença no Mato Grosso do Sul.
O Estado do Rio também tomou medidas semelhantes às de Santa Catarina e Paraná. O secretário de Agricultura, Abastecimento, Pesca e Desenvolvimento do Interior do Estado do Rio de Janeiro, Christino Áureo da Silva, editou resolução fechando as barreiras do estado para entrada, de carne, produtos e subprodutos de animais do estado do Paraná, onde há quatro fazendas sob suspeita de terem focos de aftosa. A resolução será publicada no "Diário Oficial" de segunda-feira.
Técnicos da Defesa Agropecuária do Estado, da Secretaria de Agricultura, que já fazem a fiscalização nas fronteiras com São Paulo, por onde chega o abastecimento do Mato Grosso do Sul, estão orientados a impedir a entrada de produtos oriundos do Paraná.
"É uma medida preventiva, porque até o momento não recebemos o comunicado oficial do Ministério da Agricultura. Porém, tendo em vista o noticiário, que dá conta da suspeita de novos focos, desta vez no Paraná, a Secretaria adotou a medida até que se esclareça a real dimensão do problema", diz nota do secretário.