Diante do cenário interno positivo, a retomada das compras do Banco Central não assustou o mercado de câmbio na manhã desta segunda-feira. O dólar à vista fechou o período em alta de 0,36%, cotado a R$ 2,235 na compra e R$ 2,237 na venda. O BC comprou recursos por até R$ 2,231 (+0,09%) e a cotação chegou à máxima de R$ 2,247 (+0,81%).

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou a manhã em alta de 0,98% (31.893 pontos) e se manteve em patamar recorde. O risco-país brasileiro foi outro importante destaque. O indicador medido pelo banco JP Morgan chegou aos 339 pontos centesimais (queda de 5 pontos) e já encosta na sua mínima histórica, de 337 pontos.

- O Banco Central não vai admitir que está comprando dólares para evitar novas quedas, mas certamente esses leilões vão ajudar a estancar a queda. Mas não se deve pensar que o dólar vai subir muito - diz Shiguemi Fujisaki, diretor de câmbio da corretora Socopa.

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Fujisaki afirma que a prioridade do BC continua a ser o cumprimento das metas de inflação, e o dólar baixo é seu aliado nessa busca. Com isso, o BC não estaria disposto a promover uma alta expressiva na cotação da moeda, mas apenas evitar uma queda exagerada.

- O mercado sabe disso que ele não vai entrar com compras pesadas e por isso reagiu com tranqüilidade. Eu diria que o cenário não muda - afirma.

O início do quarto trimestre do ano é visto com otimismo no mercado de ações. Segundo analistas, os resultados das empresas no terceiro trimestre deverão mostrar números positivos, o que deve alavancar novas compras de ações na bolsa. Mantido o fluxo de recursos externos, a Bovespa deve renovar os recordes mais algumas vezes em outubro.

Entre as 57 ações do Índice Bovespa, as maiores altas no final da manhã eram de Embratel Participações PN (+8,46%) e Acesita PN (+4,45%). As quedas mais significativas do índice são de Brasil Telecom Participações ON (-3,06%) e Net PN (-2,04%).

Um dos destaques da manhã foi a divulgação do Boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central feita junto a cem instituições financeiras. Na semana passada, o mercado mais uma vez manteve inalterada a projeção para a inflação de 2005. Permaneceu em 5,21% a projeção média para o IPCA deste ano. Já a projeção para 2006 foi reduzida levemente, pela segunda semana, com a taxa passando de 4,64% para 4,63%. No mercado futuro de juros, as projeções acompanharam a alta do dólar e fecharam com leve alta.

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