O momento da entrevista de emprego é visto por muitos candidatos a uma vaga como o momento crucial, que vai decidir se será ou não contratado por uma empresa. Estas pessoas, porém, não se dão conta de que esta fase pode nem chegar, caso o currículo não tenha tido uma boa apresentação.

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Aquelas duas ou três folhas de papel com várias informações sobre o pretendente à vaga podem deixar de ser uma porta de entrada ao emprego e se transformar em um desagradável convite a se retirar da disputa do tão sonhado mercado de trabalho. Um currículo mal apresentado pode ir direto para o lixo se algumas dicas de quem entende e lida com o assunto diariamente forem bem assimiladas.

"O currículo deve ser o mais organizado e mais claro possível", orienta a consultora de seleção da RH Center, Andrea Esmaniotto. Profissionais como ela têm de 30 a 40 segundos para analisar um currículo, por isso as principais informações devem saltar aos olhos ou a avaliação pode nem chegar a ser concluída. "Quando a gente bate o olho, já tem que encontrar todas as informações que a empresa precisa. O currículo tem que ser sintético", diz. O ideal é que eles tenham duas páginas. Três ainda são aceitáveis, mas não deve passar disso.

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Andrea conta que a empresa onde trabalha, em Curitiba, recebe de 200 a 300 currículos por dia e que 50% "morre" no meio do caminho. "Metade deles, com certeza, vêm fora do padrão. E às vezes, eles não têm todas as informações que precisamos e aí até ligar para a pessoa já se perdeu muito tempo", afirma a consultora. Ela avalia ainda que currículos em folhas coloridas ou em tipos de papel fora do convencional não são muito interessantes. "Algumas pessoas acham que se destacar vai ser mais lembrado, mas por outro lado fica fora de estética".

A consultora aproveita para frisar que as pessoas devem informar mais de um telefone de contato no currículo. Por exemplo: número da casa onde mora, do celular e mais algum para recado. O detalhe pode ser essencial para garantir que o candidato será convocado. "Às vezes as pessoas perdem a oportunidade por não serem encontradas. De dez pessoas que mandam currículos, sete ou oito a gente não encontra", finaliza Andrea.

Existem também os espertos ou aqueles que têm medo de ser prejudicados em virtude de algum dado específico, como lembrado pela consultora de RH da Global Hunters, Carla Alves Sguissardi. "Há pessoas que omitem informações, como a idade, por saberem que as tornará menos competitivas, mas isso é pior. Pela correria, o currículo acaba ficando de lado por não haver tempo de ligar e a pessoa perde a oportunidade", diz.

Carla comenta ainda que as pessoas devem ter muito claros os seus objetivos para serem bem sucedidos ao que estão se propondo. "As pessoas devem focar para o que está sendo encaminhada. De cinco oportunidades que viu no jornal, devem fazer o mesmo currículo, mas enfocando no que cada empresa está pedindo, isso é muito importante. Dá trabalho, mas o retorno é muito bom", conclui.