O secretário de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Gabriel Alves Maciel, afirmou que, depois da confirmação do foco de febre aftosa em rebanhos de gado no município de Eldorado (MS), recebeu o comunicado oficial de 28 países sobre o embargo parcial ou integral à carne brasileira.
- Esses países respondem por 40% da exportação de carne bovina - disse Maciel. Segundo ele, os 25 países da União Européia suspenderam a importação de carne dos estados do Mato Grosso do Sul, do Paraná e de São Paulo. África do Sul e Israel declararam embargo à carne proveniente do todo o Brasil, enquanto a Rússia cancelou temporariamente a compra de carne do Mato Grosso do Sul.
O secretário disse que soube, pela internet, que Chile e Paraguai também suspenderam as importações de carne do Mato Grosso do Sul, mas o governo brasileiro ainda não recebeu o comunicado oficial daqueles países. Ele espera que, no final do dia, haja um levantamento atualizado sobre os países que declararam o embargo em função da confirmação do foco de aftosa no estado. O Mato Grosso do Sul teve o último caso registrado em 1999 e foi declarado área livre da doença em 2001.
De acordo com o secretário, até agora os estados de Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul fecharam as divisas para o transporte de gado do Mato Grosso do Sul. Ontem, Maciel acompanhou o ministro Roberto Rodrigues, em viagem a Eldorado. Durante cerca de três horas, eles se reuniram com autoridades sanitárias estaduais e municipais e com representantes do governo paraguaio, a quem pediram apoio para um trabalho conjunto.
- O Brasil tem uma fronteira seca de 800 quilômetros com o Paraguai, então, mesmo que não haja mais focos na fronteira, é normal que trabalhemos de forma conjunta - disse o secretário, em entrevista à Agência Brasil, por telefone.
O ministro retornou nesta quarta-feira a Brasília e o secretário permanece no estado. Segundo Maciel, o governo federal vai liberar R$ 3,5 milhões, além de recursos adicionais, para combater a febre aftosa no Mato Grosso do Sul. Ele explicou que a definição do volume dos recursos adicionais depende de um "levantamento das necessidades" no estado.
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