O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, vai deixar o cargo e deve assumir um posto no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington. Levy foi indicado para o BID pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que é o governador do Brasil junto à instituição. Ele poderá ocupar a vaga de João Sayad, que é vice-presidente de Planejamento e Administração, ou uma outra função no banco. Sayad ficou desgastado pela derrota na eleição para suceder Enrique Iglesias na presidência do BID e deixará a instituição.
Já o secretário do Tesouro nunca teve uma posição muito confortável no governo Lula, embora conte com o apoio do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2003, Levy enfrenta o bombardeio de setores do PT, que consideram o secretário do Tesouro a personificação do que classificam de "política econômica neoliberal adotada pelo governo". O secretário do Tesouro está no exterior fazendo uma rodada de contatos com investidores.
O Ministério da Fazenda ainda não quis se pronunciar sobre a saída de Levy do cargo. Na quarta-feira, Levy deve se encontrar com o presidente do BID, o colombiano Luis Alberto Moreno.
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