Depois de quatro meses estável, a taxa de desemprego caiu em agosto de 17,5% para 17,1% da População Economicamente Ativa (PEA) na Região Metropolitana de São Paulo. Segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), o número de desempregados ficou em 1,721 milhão, 44 mil pessoas a menos do que em julho. A queda do desemprego foi acompanhada pelo aumento da contratação com carteira assinada e recuperação da renda.
Em agosto foram criadas 23 mil novas vagas na região, mas o número de desempregados caiu acima disso porque 21 mil pessoas deixaram de procurar emprego. Os novos empregos foram abertos na indústria (4 mil), no comércio (12 mil) e construção civil (11 mil). O setor serviços, no entanto, fechou 4 mil postos de trabalho.
Em julho, o rendimento médio do trabalhador aumentou 1,7% na comparação com junho e ficou em R$ 1.057. O aumento foi maior para os empregados da indústria, cujos salários cresceram em média 3,4% e atingiram R$ 1.300. No comércio, houve queda de 2,6% e o salário médio caiu para R$ 774. No setor de serviços, houve alta de 1,9% e a renda média somou R$ 1.026.
Considerando apenas os trabalhadores com carteira assinada, o aumento no rendimento foi de 3,3% e o valor médio foi de R$ 1.172. Os que não têm carteira assinada tiveram grande queda no rendimento, de 6,9%, baixando para R$ 717. Os autônomos também viram a renda cair 1,9% e passar, em média, para R$ 724.
A taxa de desemprego deve continuar a cair nos próximos meses na Região Metropolitana de São Paulo e terminar o ano em um nível mais baixo do que em 2004, quando fechou dezembro em 17,1% da PEA. Em 2005, a queda do nível de emprego começou bem mais tarde, apenas em agosto, depois de ficar quatro meses estável. A diferença em relação ao ano anterior, quando o desemprego começou a diminuir em maio, é que a queda agora começou num patamar mais baixo.
Para Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese, o nível de emprego poderia cair ainda mais se a economia do país tivesse crescido com maior intensidade.
- Houve um ritmo relativamente forte de contenção da atividade econômica até agora, e mesmo assim a taxa de desemprego se mantém estável. Com certeza, a taxa cairia com mais força se a economia crescesse com maior rigor - disse ele.
Para Lúcio, o crescimento econômico e os investimentos começam a favorecer mais o trabalhador, inclusive na formalização da mão-de-obra. Em agosto, foram criados 85 mil postos de trabalho com carteira assinada. Entre janeiro e agosto, foram 218 mil postos de trabalho formais. Lúcio afirmou que o crescimento continuado da economia protege o mercado de trabalho formal.
- As empresas não têm intenção de ter trabalhadores ilegais. Elas correm riscos de processos na Justiça do Trabalho, que não valem a pena - afirmou.
Alexandre Loloian, coordenador de análise da Fundação Seade, disse que o nível de emprego na construção civil se recupera de quase dois anos de estagnação e ainda não reflete os incentivos dados pelo governo ao financiamento da casa própria. Nos próximos meses, acredita, as contratações podem aumentar mais nesse setor.
Segundo ele, o comércio já começou a contratar trabalhadores para a demanda de fim do ano e a indústria teve bom desempenho, principalmente no setor de bens de consumo duráveis, como automotivos, eletroeletrônicos e produtos de comunicação. Loloian afirmou que o segundo semestre é, tradicionalmente, de recuperação de emprego.
- Não houve desemprego em massa e isso é muito bom - disse.
A pesquisa da Fundação Seade e do Dieese, divulga nesta quarta-feira, mostra que o tempo médio gasto à procura de trabalho em agosto aumentou para 54 semanas, apesar da taxa de desemprego ter caído. Em julho, o tempo era de 52 semanas, assim como em julho do ano passado.
SÃO PAULO - Depois de quatro meses estável, a taxa de desemprego caiu em agosto de 17,5% para 17,1% da População Economicamente Ativa (PEA) na Região Metropolitana de São Paulo. Segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), o número de desempregados ficou em 1,721 milhão, 44 mil pessoas a menos do que em julho. A queda do desemprego foi acompanhada pelo aumento da contratação com carteira assinada e recuperação da renda.
Em agosto foram criadas 23 mil novas vagas na região, mas o número de desempregados caiu acima disso porque 21 mil pessoas deixaram de procurar emprego. Os novos empregos foram abertos na indústria (4 mil), no comércio (12 mil) e construção civil (11 mil). O setor serviços, no entanto, fechou 4 mil postos de trabalho.
Em julho, o rendimento médio do trabalhador aumentou 1,7% na comparação com junho e ficou em R$ 1.057. O aumento foi maior para os empregados da indústria, cujos salários cresceram em média 3,4% e atingiram R$ 1.300. No comércio, houve queda de 2,6% e o salário médio caiu para R$ 774. No setor de serviços, houve alta de 1,9% e a renda média somou R$ 1.026.
Considerando apenas os trabalhadores com carteira assinada, o aumento no rendimento foi de 3,3% e o valor médio foi de R$ 1.172. Os que não têm carteira assinada tiveram grande queda no rendimento, de 6,9%, baixando para R$ 717. Os autônomos também viram a renda cair 1,9% e passar, em média, para R$ 724.
A taxa de desemprego deve continuar a cair nos próximos meses na Região Metropolitana de São Paulo e terminar o ano em um nível mais baixo do que em 2004, quando fechou dezembro em 17,1% da PEA. Em 2005, a queda do nível de emprego começou bem mais tarde, apenas em agosto, depois de ficar quatro meses estável. A diferença em relação ao ano anterior, quando o desemprego começou a diminuir em maio, é que a queda agora começou num patamar mais baixo.
Para Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese, o nível de emprego poderia cair ainda mais se a economia do país tivesse crescido com maior intensidade.
- Houve um ritmo relativamente forte de contenção da atividade econômica até agora, e mesmo assim a taxa de desemprego se mantém estável. Com certeza, a taxa cairia com mais força se a economia crescesse com maior rigor - disse ele.
Para Lúcio, o crescimento econômico e os investimentos começam a favorecer mais o trabalhador, inclusive na formalização da mão-de-obra. Em agosto, foram criados 85 mil postos de trabalho com carteira assinada. Entre janeiro e agosto, foram 218 mil postos de trabalho formais. Lúcio afirmou que o crescimento continuado da economia protege o mercado de trabalho formal.
- As empresas não têm intenção de ter trabalhadores ilegais. Elas correm riscos de processos na Justiça do Trabalho, que não valem a pena - afirmou.
Alexandre Loloian, coordenador de análise da Fundação Seade, disse que o nível de emprego na construção civil se recupera de quase dois anos de estagnação e ainda não reflete os incentivos dados pelo governo ao financiamento da casa própria. Nos próximos meses, acredita, as contratações podem aumentar mais nesse setor.
Segundo ele, o comércio já começou a contratar trabalhadores para a demanda de fim do ano e a indústria teve bom desempenho, principalmente no setor de bens de consumo duráveis, como automotivos, eletroeletrônicos e produtos de comunicação. Loloian afirmou que o segundo semestre é, tradicionalmente, de recuperação de emprego.
- Não houve desemprego em massa e isso é muito bom - disse.
A pesquisa da Fundação Seade e do Dieese, divulga nesta quarta-feira, mostra que o tempo médio gasto à procura de trabalho em agosto aumentou para 54 semanas, apesar da taxa de desemprego ter caído. Em julho, o tempo era de 52 semanas, assim como em julho do ano passado.
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