A taxa de desemprego não se mexeu de setembro para outubro, mantendo-se em 9,6% da População Economicamente Ativa (PEA), informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que no mês passado havia, nas seis regiões metropolitanas pesquisadas, 2,1 milhões de desocupados. Entre eles, as mulheres continuam sendo a maioria (56,2%). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o número de desocupados caiu 7,3%.
O resultado da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) é atípico para esta época do ano, em que normalmente aumenta a oferta de trabalho temporário e a taxa de desemprego costuma cair. Em setembro, a taxa já tinha supreendido ao subir 0,2 ponto percentual na comparação com agosto, na primeira alta após seis meses de estabilidade ou queda.
Na comparação com outubro de 2004, quando a pesquisa do IBGE registrou taxa de desemprego de 10,5%, houve recuo de 0,9 ponto percentual na taxa. O rendimento médio real do trabalhador, estimado em R$ 966,10, caiu 1,4% de setembro para outubro. Entretanto, em relação a outubro de 2004, o rendimento cresce 1,8%.
Na quarta-feira, a pesquisa Seade-Dieese já havia mostrado um desempenho modesto na criação de vagas na Região Metropolitana de São Paulo. Segundo a pesquisa, a taxa permaneceu estável em outubro, em 16,9% da PEA. A pesquisa atribuiu aos juros altos a estagnação no emprego, já que as exportações foram boas e o crédito ao consumidor aumentou no período.
Segundo o IBGE, o número de pessoas trabalhando foi estimado em 20,1 milhões. Em relação a setembro, o indicador ficou estável. No entanto, frente a outubro de 2004, observou-se um aumento de 2,1%, ou seja, de mais 415 mil pessoas no ano. O contingente de trabalhadores com carteira de trabalho assinada, por sua vez, cresceu 4,2% na comparação anual, ou seja, um aumento de aproximadamente 326 mil pessoas.