O IBGE informou que a taxa de desemprego aberto no país subiu para 9,6% da População Economicamente Ativa (PEA) em setembro, depois de três mês consecutivos em 9,4% - menor percentual desde que o IBGE iniciou sua nova metodologia, em março de 2002. Em setembro de 2004, a taxa de desocupação havia sido de 10,9%.
O IBGE considera que a leve elevação mensal em setembro não é estatisticamente significativa e avalia o quadro como de estabilidade.
De acordo com o levantamento, o número de pessoas ocupadas aumentou 0,9% ante agosto, para cerca de 20,1 milhões. Na comparação com setembro do ano passado, subiu 2,3% - o equivalente a 446 mil pessoas.
O gerente da Pesquisa de Emprego do IBGE, Cimar Azeredo, disse que houve um número considerável de pessoas procurando emprego, mas o número de postos criados não foi suficente para atender à demanda. Entretanto, ele consideou o resultado positivo, porque nos últimos cinco meses, praticamente não houve geração de postos.
O contingente de desocupados nas seis regiões pesquisadas ficou estável em relação a agosto, em cerca de 2,1 milhões de pessoas. Ante setembro de 2004, a queda foi de 10,9%. As mulheres continuam a representar mais da metade dos desocupados (56,1%, a maior parcela para um mês de setembro desde 2002).
O IBGE também informou que houve elevação do rendimento médio em todas as capitais, com exceção de São Paulo o que, devido a seu grande peso, levou à estabilidade do índice.
Na comparação com agosto, segundo o IBGE, houve elevação da taxa de desemprego em Recife e Porto Alegre e estabilidade no restante das seis regiões metropolitanas pesquisadas (Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo). Sobre setembro de 2004, houve estabilidade em Salvador e Porto Alegre, alta em Recife e queda da taxa nas demais regiões.
O histórico da pesquisa indica que no último trimestre do ano as taxas de desemprego deverão ser mais baixas porque o número de postos aumenta sempre.
- Mesmo em 2003, quando a economia estava retraída, no mês de dezembro a taxa de desemprego diminuiu - afirmou Azeredo.
Os números foram calculados com a nova metodologia da entidade, que considera como População Economicamente Ativa (PEA) trabalhadores de dez anos de idade em diante. Também leva em conta dados de pessoas que tenham procurado emprego nos 30 dias imediatamente anteriores à pesquisa.
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